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POLÊMICA: Uso da burca leva autoridades italianas a condenarem muçulmana a pagar multa

Uma muçulmana foi condenada, pela primeira vez na Itália, a pagar uma multa de 500 euros por usar a burca, em violação de um despacho do presidente da Câmara de Novara (norte), anunciou o município.

"A polícia municipal entregou-lhe o processo verbalmente e ela terá agora que pagar uma multa de 500 euros. É a primeira vez que isto ocorre na Itália", disse Mauro Franzinelli, responsável da polícia municipal de Novara, no Piemonte, um reduto do partido anti-imigrantes e regionalista da Liga do Norte.

Franzinelli adiantou também que a visada poderia apresentar recurso.

A jovem muçulmana, de nacionalidade tunisina, encontrava-se na rua, na companhia do marido, frente a um posto dos correios, quando uma patrulha dos "carabinieri" tentou identificar.

O marido tinha em sua posse dois documentos de identidade, um dele e o outro da mulher, mas recusou que esta fosse controlada pelos policiais e, por isso, uma segunda patrulha, da polícia municipal, incluindo uma mulher, deslocou-se ao local e procedeu finalmente à identificação.

"A câmara aprovou no final de janeiro um despacho proibindo a burca nos locais públicos e nas suas imediações", adiantou Franzinelli, responsável local da Liga do Norte.

O governo italiano está dividido quanto à decisão de proibir o véu integral no país. 

Na Itália, apesar de não existir legislação específica quanto ao véu integral, uma lei de 1975 que integra as "disposições de proteção da ordem pública" proíbe que se cubra completamente o rosto nos locais públicos, o que vale tanto para o véu, como para os capacetes de motos. 

Políticos da Liga do Norte apoiaram-se no passado neste texto para adotarem despachos nos seus municípios proibindo a burca, o niqab ou o burkini (fato de banho).

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