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Continua o escândalo: Garotas tinham acesso liberado à casa de Berlusconi

Após ouvir o depoimento de quatro mulheres que participaram das festas de Silvio Berlusconi em troca de dinheiro, os procuradores de Bari, na Itália, chegaram à conclusão de que as prostitutas e modelos tinham acesso livre no palácio Grazioli, residência oficial em Roma, e à Villa Certosa, mansão do premier na Sardenha, segundo o jornal espanhol "El País".

 

Há pouco mais de duas semanas, o jornal espanhol "El País" publicou uma série "exclusiva" de fotos de festas promovidas pelo premier italiano em sua mansão Villa Certosa.

 

As imagens são de autoria do fotógrafo Antonello Zappadu, de 51 anos.

 

As primeiras provas começaram a ser exibidas nesta segunda-feira, pelos jornais italianos, que publicaram as fotos de duas mulheres vestidas de preto – Barbara Montereale e Lucia Rossini – tiradas em um banheiro do palácio Grazioli no dia 4 de novembro, noite da vitória eleitoral de Barack Obama nos Estados Unidos.

 

A prostituta de luxo Patrizia D'Addario e as modelos Barbara e Lucia disseram que para abrir as portas da garagem da casa de Berlusconi em Roma para o carro que transportava as três garotas bastou uma ligação do empresário Gianpaolo Tarantini, homem que as recrutou.

 

Patrizia fez gravações de áudio e vídeo, e Barbara e Lucia tiraram fotos dentro da casa de Berlusconi. Barbara conta que não havia controle em Villa Certosa, onde, ela afirma, "havia garotas estrangeiras não recrutadas por Tarantini".

 

Segundo juízes, Tarantini, de 34 anos, e principal alvo da investigação, levou diversas mulheres pagas para entreter Berlusconi. O órgão encarregado dos interrogatórios possui o nome de pelo menos 30 mulheres. Todas devem ser ouvidas nos próximos dias, segundo o jornal italiano "La Repubblica".

 

Barbara Montereale, a modelo que afirmou ter recebido 10 mil euros de Berlusconi depois de passar por Certosa, contou nesta segunda-feira que em uma festa realizada em janeiro na residência de Sardenha, havia um grupo de garotas do oeste da europeu vestidas de Papai Noel.

 

"Tinham uma grande confiança com o presidente, e todas lhe chamavam de 'papi'. Tinham inveja umas das outras, em competição umas com as outras. Competiam para estar mais perto dele. Me disseram que ficavam ali muitos dias. Eram as mesmas garotas filmadas em um vídeo que vi naquela ocasião, gravado durante as festas. Mas ali estavam fantasiadas de Papal Noel".

 

Os investigadores também estão passando um pente-fino nos locais de prostituição de Bari. Sob os olhos atentos da procuradoria está o papel da transexual Manila Gorio, amiga íntima de Patrizia D'Addario e apresentadora de um reality show de uma televisão local do qual Barbara participou.

 

Escutas telefônicas indicam, ainda, segundo o "La Repubblica", que alguns participantes das festas de Sardenha de Berlusconi e vários colaboradores de Tarantini faziam uso habitual de maconha.

 

A investigação por crime de incentivo à prostituição da procuradoria de Bari, que somente colocaria o premier italiano como "usuário final", foi estendida também a cinco festas realizadas em Roma e Sardenha.

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