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Cidade de Roma amarga prejuízo de 20 milhões de euros por confrontos entre manifestantes e policiais

Os prejuízos causados pelo confronto ocorrido entre manifestantes e policiais no centro de Roma devem ficar em torno de R$ 45,4 milhões (20 milhões de euros), avaliou o prefeito da capital italiana, Gianni Alemanno. 

"Os danos foram enormes. Fala-se em cerca de 20 milhões de euros. Agora será realizada uma apuração mais cuidadosa", afirmou Alemanno durante a X Conferência Nacional de Estatística, em Roma. 

A capital italiana se tornou ontem um cenário de intensos confrontos após o Senado e a Câmara aprovarem a continuidade do premier Silvio Berlusconi em seu cargo. Enquanto manifestantes incendiaram carros, atiraram bombas de fumaça e garrafas, policiais lançavam bombas de gás lacrimogêneo para dispersar as pessoas. 

Alemanno atestou que "a cidade de Roma se constitui como vítima contras aqueles que provocaram os incidentes e estes danos", afirmando que "não é aceitável que devam a cidade e os cidadãos, totalmente inocentes e alheios, a pagar pelas consequências destes protestos". 

O prefeito italiano ainda levantou a possibilidade de que tenha havido infiltrações estrangeiras nas manifestações "Quem se movimentou na Praça do Povo e nas redondezas é um profissional de guerrilha de altíssimo nível", apontou ele, que disse que as forças de segurança identificaram pessoas suspeitas em meio aos conflitos. 

Ele informou que as autoridades locais estão investigando a origem dos manifestantes para saber se houve presença internacional ou de cidadãos e de outros países europeus nos protestos. 

Berlusconi também comentou sobre o confronto e opinou que "a manifestação de ontem não foi de liberdade". "Foi um ataque de grupos de vândalos organizados que provocaram incidentes, gravados pelas televisões do mundo todo, que lançam uma imagem negativa sobre o nosso país", alertou o premier durante um programa televisivo. 

Por sua vez, o ministro do Interior italiano, Roberto Maroni, comentou que "não aconteceu o pior, [pois] poderia ter havido mortes" durante os choques entre policiais e manifestantes. 

A Procuradoria de Roma pediu a prisão temporária das 26 pessoas detidas ontem. Elas são acusadas de lesões e resistência à ordem judicial e foram transferidos para a penitenciária de Regina Coeli. 

Centenas de italianos, entre os quais muitos estudantes, foram às ruas para protestar contra o governo de Silvio Berlusconi, que enfrentou uma moção de confiança no Senado e outra de desconfiança na Câmara dos Deputados. Ele venceu ambas e se manterá como chefe de Governo da Itália. 

Outros protestos já têm ocorrido nas principais cidades do país contra as medidas de austeridade fiscal prevista dentro da reforma universitária, aprovada recentemente no Parlamento e semelhante a reformas que tem sido aprovadas em outros países europeus, como no Reino Unido.

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