Catolicismo Romano

Conclave prossegue na Capela Sistina. Votações da manhã do segundo dia, terminaram sem êxito

O conclave que irá eleger o sucessor de Bento XVI prossegue na Capela Sistina, também, não obtendo êxito nas votações da manhã desta quarta-feira. Uma missa para o próximo papa foi celebrada na Basílica de São Pedro na manhã desta útima terça.

A escolha do novo papa está sendo realizada por 115 cardeais, todos já estão no Vaticano, inclusive os cinco brasileiros (dom Raymundo Damasceno Assis, 76; dom Odilo Scherer, 63; dom Geraldo Majella Agnelo, 79; dom Cláudio Hummes, 78; e João Braz de Aviz, 64).

São aptos a votar apenas os religiosos que têm menos de 80 anos. A participação, segundo o Vaticano, é obrigatória. Na congregação realizada nesta manhã, porém, os 153 cardeais presentes votaram por aceitar o pedido de ausência de dois eleitores que não poderão comparecer.

O cardeal indonésio, Julius Darmaatjadja, arcebispo emérito de Jacarta, havia comunicado que não poderia comparecer ao conclave por motivo de saúde. Já o cardeal Keith O'Brien, que renunciou ao cargo de arcebispo de St. Andrews e Edimburgo após ser acusado de "comportamento inadequado" nos anos 80, também manifestou que não irá participar do conclave. Ele admitiu que sua "conduta sexual" não foi sempre a que se esperava dele.

Segundo o porta-voz do Vaticano, padre Frederico Lombardi, não há nenhuma determinação que fixe um número de dias entre o fim das congregações e o início do conclave. Como exemplo, ele observou que, em 2005, a última reunião entre os cardeais aconteceu no dia 14 de abril e o conclave teve início três dias depois.

Todos os eleitores ficaram confinados durante todo o conclave. Cada cardeal escreve o nome do candidato escolhido em uma cédula sob a frase "Escolho como sumo pontífice" e deposita seu voto em uma urna. Os nomes escritos nas cédulas são lidos em voz alta pelo camerlengo e seus três assistentes.

É declarado papa aquele que obtiver dois terços mais um dos votos dos cardeais. Nesta eleição, com um colégio de cardeais com 115 eleitores, o próximo pontífice terá que receber ao menos 77 votos.

Se nenhum cardeal receber a quantia necessária, as cédulas são queimadas, uma fumaça preta sai da chaminé da Basílica de São Pedro e a votação é retomada. Se os cardeais não chegarem a um consenso até o quarto dia de votação, uma pausa será feita para oração e diálogo entre os eleitores.

A votação reinicia no sexto dia e vai até o 12º. Outras pausas são feitas no sétimo e décimo dia.

Após 12 dias e 34 votações, o sistema muda e a escolha passa a ser entre os dois mais votados. No entanto, permanece o quórum de dois terços.

Quando o novo papa é escolhido, uma fumaça branca sai da chaminé e soam os sinos da basílica como sinal de que a votação chegou ao fim. Após a escolha, o novo papa é apresentado aos fiéis com a frase "Habemus Papam!".

Enquanto durar o conclave, os cardeais ficarão hospedados na Casa Santa Marta, alojamento que fica próximo à Capela Sistina, onde acontecem as votações. A alocação dos quartos é feita mediante sorteio.

A fim de garantir o sigilo do conclave, um esquema de segurança será montado para permitir que os cardeais façam o trajeto entre a Casa Santa Marta e a Capela Sistina sem serem incomodados. Lombardi ressalvou que nem todos os cardeais gostam de pegar a van para ir de um lugar a outro e preferir fazer o percurso a pé.

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