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Denúncia de anorexia provoca demissão no “Teatro Alla Scala de Milão”

O Teatro Alla Scala de Milão demitiu a bailarina italiana Maria Francesca Garritano, que ganhou notoriedade internacional há alguns meses, quando denunciou casos de anorexia no corpo de baile, por "danos à imagem do teatro" com suas palavras, rotuladas como "pura mentira" por uma colega.

O contrato foi rescindido "por justa causa" e difamação, devido aos danos gerados pelas suas denúncias de anorexia no corpo de baile do famoso teatro, disseram fontes da La Scala.

De 33 anos e originária de Cosenza (na Calábria), Garritano (cujo nome artístico é Mary Garrett) se formou na escola de dança Piermarini, onde começou a trabalhar.

Em julho passado foi nomeada solista, mas ela ficou famosa depois de publicar o livro "A verdade, por favor, sobre a dança!", e após várias declarações à mídia. As que mais repercutiram foram aquelas dadas ao The Observer em dezembro último, quando disse que, no La Scala, uma de cada cinco bailarinas têm problemas com bulimia e anorexia.

Na época comentou que "ninguém imagina que, por trás, pode haver histórias de corrupção, ameaças e compromissos para manter o próprio lugar no palco". Logo em seguida, ela foi suspensa e não pôde participar da turnê no Bolshoi de Moscou.

As declarações de Garritano foram "só uma maneira dela ganhar notoriedade", disse hoje (6) Eleonora Abbagnato, 33, de Palermo (na Sicília) e estrela do Ópera de Paris. Ela se tornou mãe em 24 de janeiro e recentemente foi nomeada diretora artística do Prêmio Roma Jia Rusakaja.

"As anoréxicas ou bulímicas no mundo da dança são moscas brancas. Em 22 anos de atividade no Ópera de Paris, devo ter visto uma em mil", disse ela em entrevista ao jornal La Repubblica.

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