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Com apoio da Itália, Líbia salva imigrantes no Mediterrâneo

Assinado no início de fevereiro, o acordo entre Itália e Líbia para conter a imigração clandestina no mar Mediterrâneo começa a virar realidade. A Guarda Costeira do país africano, treinada e equipada pelas autoridades italianas, resgatou um barco com 300 pessoas e as levou para Trípoli.   

A embarcação tinha enviado um pedido de socorro à Guarda Costeira da Itália, que alertou sua homóloga líbia, já que os deslocados externos ainda estavam nas águas territoriais da nação africana. Até então, os resgates eram sempre realizados por navios europeus ou de ONGs, e os imigrantes eram levados para portos italianos.   

O acordo de fevereiro passado tem como objetivo desestimular a imigração ilegal no Mediterrâneo e combater o tráfico de seres humanos. Desde então, a Itália vem treinando e equipando – incluindo com meios navais – a Guarda Costeira da Líbia para operações de socorro.   

Quando o resgate é feito pelo país africano, os deslocados externos não podem ser transportados para a Europa. No entanto, o plano causa preocupação em agências humanitárias, principalmente devido às dúvidas sobre a capacidade da Líbia, que enfrenta divisão política, de acolher essas pessoas da maneira correta.   

A rota do Mediterrâneo Central é considerada a mais mortal do mundo pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) e fez 1,2 mil vítimas entre 1º de janeiro e 7 de maio de 2017, um aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior.   

Outras 41,1 mil pessoas conseguiram completar a travessia, quase 40% a mais que em 2016.

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