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Itália deve mudar forma de classificar risco da pandemia nas regiões

A Itália deve mudar a forma com que classifica o risco de disseminação da Covid-19 nas regiões, confirmou o ministro da Saúde, Roberto Speranza. A justificativa é que, com o avanço da vacinação, analisar apenas a quantidade de casos confirmados não é adequado.

“Em uma fase caracterizada por um nível importante de vacinação, é razoável que nas mudanças de cor e nas consequentes medidas de contenção, pese mais a taxa de hospitalização do que os outros indicadores”, disse Speranza durante uma coletiva de imprensa.

Atualmente, a Itália tem quatro faixas de cores para determinar o cenário da crise sanitária em cada região: branca, amarela, laranja e vermelho – sendo que a primeira é a mais branda e quase não tem restrições e a última é o lockdown.

Todo o território está na fase branca, mas o monitoramento semanal do Comitê Técnico-Sanitário (CTS) mostra que o índice de transmissão (Rt) está aumentando e já está em 0,91. O cálculo é o principal item observado para mudar uma região para uma fase mais restrita ou mais branda.

A decisão de mudar o peso dos indicadores é também um pedido dos governadores italianos, que dizem que veem os contágios aumentarem, mas os departamentos hospitalares estão quase vazios.

“Precisamos começar a distinguir entre o contaminado e o doente no hospital: quarta-feira, na Comissão de Saúde, nós publicaremos um documento, no qual todos estamos de acordo, pedindo ao governo para retirar a incidência dos positivos dos parâmetros que mudam zonas e cores”, informou o assessor de Saúde da região do Piemonte, Luigi Genesio Icardi, representando todos os seus colegas regionais.

Ainda conforme o representante, “o risco é decidir fechar tudo por pessoas que estão positivas em casa enquanto o sistema sanitário está plenamente capaz”.

Conforme a última atualização do site do Ministério da Saúde, feita na madrugada desta sextafeira, a Itália já aplicou quase 60 milhões de doses de vacinas anti-Covid. Ao todo, 25,7 milhões de pessoas são consideradas completamente imunizadas, o que representa 47,76% da população-alvo (pessoas acima dos 12 anos).

Já a quantidade de casos, após uma forte queda, voltou a subir diariamente nas últimas duas semanas. De acordo com especialistas, essa alta é provocada pela disseminação da variante Delta, que consegue “escapar” e infectar pessoas que tenham recebido uma dose da vacina.

No entanto, os imunizantes estão se mostrando capazes de evitar casos graves e mortes, já que os hospitais tem menos de 2% das áreas para pacientes Covid-19 ocupadas e a taxa de mortalidade está estável em 16 vítimas por dia.

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