Notícias

Condenação do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi provoca polêmicas políticas

A condenação do ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, a sete anos de prisão e a interdição perpétua dos cargos públicos no processo Ruby provocou as reações dos políticos de sua bancada, o Povo da Liberdade (PDL), que defenderam o líder, e do Partido Democrático (PD), que pediu sua renuncia. Os dois partidos são os principais aliados na coalizão que apóia o primeiro-ministro Enrico Letta.

O senador do PDL, Lucio Barani, comparou a sentença do tribunal de Milão com a “condenação de Galileu Galilei pela Santa Inquisição”, baseada somente em “uma hipótese”.

O governador da região Toscana, Enrico Rossi, pediu para Berlusconi “um ato de generosidade” e apresentar sua renuncia, “mostrando dessa forma de ser um líder verdadeiro”.

“Quem pede a demissão de Berlusconi é um covarde”, afirmou a deputada do PDL, Elvira Savino, alegando que a condenação do ex-premier foi uma tentativa de “forças externas” de eliminá-lo do cenário político italiano.

Segundo o líder do partido Itália dos Valores, Antonio Di Pietro, o Parlamento irá aprovar uma lei “ad personam” [sob medida, na tradução do latim] para tentar salvar o ex-primeiro-ministro da prisão, se referindo as leis aprovadas durante os governos de Berlusconi, acusadas de serem elaboradas sob medida para o ex-Chefe de Governo. 

Para o secretario do partido Liga Norte, aliado de Berlusconi em seu último governo, a  interdição perpétua dos cargos públicos “terá consequências sobre a coalizão de governo”.

“Esse é um tribunal Taliban. Foi uma decisão de perfeita injustiça e uma mistura gravíssima de moral e de direito”, declarou o ex-ministro para as Relações com o Parlamento do primeiro governo Berlusconi, Giuliano Ferrara. 

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios