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Prefeito de Roma, Ignazio Marino, tem reunião sobre esquema mafioso na capital italiana

O "terremoto" político causado pela revelação de um esquema mafioso no governo de Roma continua a ganhar novos capítulos. O atual prefeito da cidade, Ignazio Marino, teve uma reunião a portas fechadas como o chefe do órgão nacional anticorrupção, Rafaelle Cantone.

Segundo Marino, o encontro teve como objetivo "um pedido para que sejam analisados todos os contratos que estão em vigor neste momento e sobre os quais nutrimos preocupações". O prefeito ainda contou que "tirou dúvidas sobre aspectos jurídicos" sobre o caso e que a equipe de Cantone prometeu enviar um "relatório completo" dos problemas encontrados.

O novo comissário do Partido Democrático (PD), Matteo Orfini, que foi designado pelo primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, para acompanhar o caso na capital italiana, não acredita que a descoberta do esquema possa dissolver o governo de Roma. A proposta de dissolução foi feita pelo partido de oposição, o Movimento 5 Estrelas (M5S).

Orfini destacou que não acredita "que haja esse risco", mas que é verdade que o PD "também foi permeável para as infiltrações" dessa organização. Mas, ressaltou que o atual governo local está lutando para combater o problema e que a ideia do M5S não irá adiante.

O escândalo do esquema de corrupção tem como centro o ex-prefeito da capital italiana Gianni Alemanno (2008-2013).

Funcionando como um esquema mafioso, o grupo conseguia contratos públicos, extorquia funcionários e fazia lavagem de dinheiro.

Segundo um dos detidos pelos policiais nos últimos dias, a torcida da organização mafiosa não era para o atual prefeito ganhar as eleições no ano passado. Ele ainda ressaltou que o grupo encontrava dificuldades para entrar na nova administração, comandada pelo atual prefeito.

Nos últimos dois dias, mais de 100 pessoas foram interrogadas sobre o esquema de corrupção. Outras 37 foram presas sob a acusação de associação mafiosa, extorsão, corrupção, fraude em licitações públicas, faturamentos falsos, transferência fraudulenta de valores e lavagem de dinheiro.

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