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Corpos de italianos mortos na Líbia chegam a Roma

Chegaram os corpos dos italianos Salvatore Failla e Fausto Piano, mortos na Líbia no último dia 2 em um tiroteio. No aeroporto de Fiumicino, estavam presentes os familiares das vítimas e o ministro das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni.

Os cadáveres passarão por autópsia no Policlínico Gemelli, em um pedido dos investigadores e das famílias dos italianos. Isso porque as vítimas já passaram por uma autópsia na Líbia, causando a ira dos parentes de Failla que afirmam que eles "foram assassinados duas vezes".

O rito fúnebre religioso durou cerca de 30 minutos na pista do aeroporto, sendo a primeira vez que o local abriga uma cerimônia de longa duração. Os presentes ficaram no mais absoluto silêncio, sem gritos ou choro, apenas uma dor comovente dos parentes de ambos. Ao fim do rito, o sacerdote abençoou os caixões e os familiares.

O repatriamento dos corpos ocorre uma semana após o tiroteio que matou Failla e Piano e é o fim de uma longa negociação considerada "complicada" por Gentiloni. Os dois técnicos da empresa Bonatti foram sequestrados ao lado de outros dois funcionários da construtora, Filippo Calcagno e Gino Pollicardo em julho do ano passado.

Desde então, o desaparecimento dos quatro era um mistério para as autoridades, já que nenhum grupo assumiu a autoria da ação.

No dia em que os dois foram mortos, chegou-se a afirmar que o grupo terrorista que estava com os italianos era ligado ao Estado Islâmico (EI, ex-Isis), mas os dois sobreviventes afirmaram que não viram nenhuma menção ao grupo durante o período de cativeiro.

Em uma entrevista à rádio "Anch'io", Calcagno negou os rumores de que um dos sequestradores falava italiano. Segundo o italiano, "eles nos disseram para fazer os registros em italiano, disseram que ficariam atentos e que não deveríamos dizer nada além do que eles nos sugeriam porque qualquer um lá poderia entender… eles diziam que outra pessoa iria escutar". (Fonte: Ansa)

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