A Corte Suprema da Itália irá se pronunciar sobre um dos casos judiciais mais controversos dos últimos anos no país: o assassinato da estudante inglesa Meredith Kercher, 22 anos.
A inglesa foi morta em 1º de novembro de 2007, em Perugia, pelos jovens Amanda Knox e Raffaelle Sollecito. Os dois acusados se declaram inocentes das acusações e seus advogados pedem a anulação das condenações.
Caso as apelações sejam recusadas, os dois terão que cumprir suas penas: 25 anos para Sollecito e 28 anos para Knox. A partir de então, começa o processo para a prisão do italiano, que ainda mora no país, e o complicado processo de extradição de Knox, que reside nos Estados Unidos.
Os acusados foram presos em 6 de novembro de 2007 e foram condenados em primeiro grau. Após quatro anos na cadeia, uma decisão do Tribunal de Apelação libertou Sollecito e Knox. Nessa época, a norte-americana decidiu voltar para seu país natal.
Porém, em março de 2013, a sentença da Apelação foi anulada e um novo processo foi aberto em Florença. Nesse segundo julgamento, em janeiro de 2014, ambos foram novamente condenados pela morte de Kercher e recorreram da decisã. Nesta quarta-feira (25), a Procuradoria pediu que as penas fossem mantidas para ambos.
O crime
Segundo a reconstituição do crime pelos juízes toscanos, Kercher foi morta com uma "progressiva agressividade" após uma briga na casa que ela dividia com Knox. Para o Tribunal, foi a norte-americana quem deu o último golpe mortal na garganta da britânica com uma faca de cozinha.
A arma foi encontrada na casa de Sollecito, então namorado de Amanda, de acordo com os juízes. Além dos dois, outro amigo da dupla, Guede, foi acusado pela morte e está cumprindo a pena pelo crime de 16 anos.