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CASO AMANDA KNOX: Os capítulos finais de um crime que chocou a Itália

Na Itália, nem o polêmico primeiro-ministro Silvio Berlusconi causa tanto furor quanto uma jovem americana chamada Amanda Knox, 22 anos. E não foram o rosto angelical ou o sorriso cativante que a fizeram ser assunto de conversas em lares e bares de todo o país. Amanda virou uma celebridade instantânea após se tornar a principal suspeita em uma trama sórdida envolvendo sexo, drogas e sangue que, dois anos depois, chega a seus últimos capítulos.

 

Na manhã de 2 de novembro de 2007, a polícia da cidade italiana de Perugia bateu à porta da casa da estudante britânica Meredith Kercher, com quem Amanda dividia uma casa. Os policiais iriam devolver o celular que fora achado nas proximidades. Em vez disso, encontraram a estudante morta dentro de seu quarto, com a garganta cortada. O que parecia um simples latrocínio logo virou um caso que escandalizou três países: segundo a acusação, Amanda, seu então namorado italiano, Raffaele Sollecito, e o amigo Rudy Guede, sob efeito de drogas, teriam matado Meredith após forçá-la a participar de uma orgia. Eles foram presos dias depois.

Nesta semana, os advogados de defesa fazem as considerações finais no ruidoso julgamento, que já dura 11 meses. Na sexta-feira, os jurados devem se reunir para começar a deliberação. Especula-se que Amanda e Sollecito, 26 anos, devam ser condenados à prisão perpétua. Guede, 22 anos, da Costa do Marfim, pediu um julgamento rápido e agora cumpre sentença de 30 anos de reclusão. Recentemente, porém, ele apelou da sentença – conforme o jornal The Times, o imigrante africano admitiu que foi até a casa das estudantes naquela noite, mas não teria participado do crime.

Foi encontrado o DNA de Meredith e Amanda em uma faca achada na casa de Sollecito – a principal prova da acusação. No entanto, a defesa vem questionando repetidamente esses laudos. Por sua vez, a promotoria insiste que os três estão envolvidos no ataque, que teria sido planejado por uma vingativa Amanda. Na noite do crime, Amanda e Sollecito disseram estar assistindo a um filme.

– Ela não é Amanda, a estripadora. É uma garota frágil e fraca. Se é parecida com algum personagem de cinema, é com Amélie, a moça francesa que dá nome ao mesmo filme que Amanda e Raffaele viram na noite do assassinato – declarou ontem Giulia Bongiorno, a advogada de defesa da americana, em referência ao longa-metragem O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.

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