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Conheça os possíveis candidatos a substituir Giorgio Napolitano

Escolher um "grande árbitro", e não um jogador. Esse será o critério que guiará o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, no processo de sucessão do presidente Giorgio Napolitano. Líder do Partido Democrático (PD), dono da maior bancada no Parlamento, ele já afirmou que tentará escolher um nome que obtenha o maior consenso possível, tanto nas filas do governo como nas da oposição.

Desde que começaram os rumores sobre a renúncia de Napolitano, muitos nomes já foram cogitados, mas também se fala bastante na possibilidade de Renzi surpreender em sua indicação e apresentar um candidato que não esteja entre os mais comentados. No entanto, ainda que seja forte a chance de um "outsider", confira abaixo alguns dos principais cotados a assumir a Presidência.

Walter Veltroni – Político, jornalista, escritor e até diretor de cinema, Walter Veltroni, 59 anos, é uma das lideranças mais respeitadas do Partido Democrático (PD) – chefiado por Renzi -, que detém o maior número de votos no colégio eleitoral que escolherá o novo presidente.

Ele foi o primeiro secretário nacional da legenda (2007-2009), prefeito de Roma (2001-2008), ministro da Cultura (1996-1998) e vice-presidente do Conselho dos Ministros (1996-1998). Seu nome agrada ao PD – ainda que não tanto ao premier – e ao Forza Italia (FI), de Silvio Berlusconi, mas certamente enfrentaria resistência do Movimento 5 Estrelas (M5S), de Beppe Grillo. Além disso, um recente escândalo de corrupção envolvendo um assessor próximo a ele pode reduzir suas chances.

Romano Prodi – Histórico líder da centro-esquerda italiana, o ex-primeiro-ministro Romano Prodi (PD), 75, é sempre cotado quando se fala em eleições presidenciais na Itália. Experiência política não falta a alguém que foi presidente da Comissão Europeia (1999-2004) e chefe do governo italiano por duas vezes (1996-1998 e 2006-2008).

No entanto, a rivalidade com Berlusconi e a rejeição do M5S tornam difícil para Prodi chegar ao grande consenso desejado por Renzi. Além disso, seu nome já concorreu no pleito para presidente em 2013, mas, em escrutínio secreto, 101 parlamentares do próprio Partido Democrático não votaram nele, criando um certo trauma na legenda.

Stefano Rodotà – O jurista de 81 anos disputou as eleições presidenciais de 2013 com o apoio do Movimento 5 Estrelas, mas não conseguiu o número de votos suficiente e perdeu para Giorgio Napolitano. Apesar da derrota, seu nome recebeu votações expressivas naquela ocasião, mas não é certo que isso se repetiria agora, já que após o pleito ele trocou farpas publicamente com Beppe Grillo.

Anna Finocchiaro – Muitos na Itália defendem que chegou a hora do país ter sua primeira presidente, e uma das mulheres que estariam na briga é a ex-ministra da Igualdade Anna Finocchiaro (1996-1998), de 59 anos.

Entre 2006 e 2013, ele foi líder do Partido Democrático no Senado e há quase dois anos preside a Comissão de Assuntos Constitucionais da Casa. Apesar de pertencer ao PD, seu nome seria palatável à centro-direita, mas divergências no passado com Renzi e seu papel fundamental para a sigla no Parlamento a afastam da Presidência.

Outra mulher cogitada foi a ex-ministra das Relações Exteriores Emma Bonino, mas no início da semana ela anunciou que está com um câncer no pulmão, o que a deixa fora da disputa.

Piero Fassino – O atual prefeito de Turim, também do PD, estaria em uma lista de nomes enviada por Matteo Renzi ao Forza Italia. Aos 65 anos, Fassino já foi ministro do Comércio Exterior (1998-2000) e da Justiça (2000-2001) e mantém boas relações com o primeiro-ministro. Além disso, apesar de não ser o preferido de Berlusconi, também não é tido como hostil à centro-direita.

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