
Quase 20 ativistas italianos que participavam da Flotilha Global Sumud chegaram ao Aeroporto de Fiumicino, em Roma, após serem libertados pelas autoridades israelenses.
O grupo embarcou inicialmente em um voo fretado da Turkish Airlines, que partiu do Aeroporto de Eilat com destino a Istambul. Com o apoio de uma equipe do Consulado-Geral da Itália na Turquia, os ativistas foram então distribuídos em dois voos de repatriação, com destinos finais em Roma e Milão.
“Estamos exaustos. O que realmente nos destruiu foram as horas passadas nas prisões israelenses. Havia 15 mulheres em uma cela para quatro pessoas, com apenas um rolo de papel higiênico, sem água e com comida no chão; e, acima de tudo, a intensa agressão e o ódio demonstrados contra nós”, relatou Paolo De Montis, um dos 18 italianos que integravam a flotilha e voltaram ao seu país natal.
Cesare Tofani, outro integrante da missão humanitária que tinha a Faixa de Gaza como destino final, afirmou que todos “foram tratados terrivelmente”.
“No início, quando fomos interceptados, não foram muito duros e não usaram violência porque, segundo eles, deveríamos ajudar a conduzir o barco até o porto. Após a ação do Exército, fomos entregues à polícia, e aí começou o assédio. Fomos tratados como se fôssemos terroristas”, declarou.
A equipe jurídica internacional que presta assistência aos ativistas denunciou os “graves abusos” sofridos pelos participantes da flotilha durante a detenção em prisões israelenses.