O líder do Socialistas e Democratas (S&D) no Parlamento europeu, Gianni Pittella, confirmou que a ministra de Relações Exteriores da Itália, Federica Mogherini, é a candidata do governo do premier Matteo Renzi para assumir a diplomacia da União Europeia, cargo ocupado atualmente pela britânica Catherine Ashton.
"Renzi apoia essa candidata por conta de sua competência e experiência, o grupo socialista sustenta sua nomeação", declarou o eurodeputado. O S&D tem a segunda maior bancada do Congresso do bloco econômico, atrás apenas do centro-direitista Partido Popular Europeu (PPE). Como os conservadores indicaram o novo presidente da Comissão Europeia (o poder executivo da UE), Jean-Claude Juncker, cabe agora aos socialistas escolherem a próxima responsável pela diplomacia da União ou o futuro líder do Conselho Europeu, órgão que reúne os chefes de Estado e governo dos 28 países-membro.
O Partido Democrático (PD), de Renzi, é a maior força dentro do S&D, por isso o primeiro-ministro tem a preferência na escolha de um desses dois nomes. No entanto, a candidatura de Mogherini tem enfrentado resistência de nações do leste, como as bálticas e a Polônia, que a consideram muito "pró-Rússia". Além disso, ela é tida como inexperiente para o cargo, já que é chanceler da Itália há apenas cinco meses.
No entanto, Pittella contou que, se continuarem com essa "ilusória manipulação em torno de sua suposta incompetência e inexperiência", o governo italiano pode colocar na mesa o nome de Massimo D'Alema, ministro de Relações Exteriores entre 2006 e 2008 e premier entre 1998 e 2000.