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Nos jornais italianos, brasileiro César Cielo vira “santo”

Como se a medalha de ouro olímpica não tivesse sido o suficiente para tornar César Cielo uma estrela de primeiro escalão da natação mundial, agora, como mais um ouro e um recorde mundial na bagagem, ele foi definitivamente alçado ao posto. Nesta última sexta-feira, 31, os jornais italianos se renderam ao poder do brasileiro, campeão e recordista mundial dos 100m livre, a prova mais nobre do esporte.

 

Cielo estava na capa da maioria dos jornais na edição desta sexta. No La Republica, os 46s91 que o brasileiro nadou virou "O recorde dos recordes". No texto, o brasileiro é comparado com outras lendas da natação, que acabaram com marcas históricas nos 100m livre, como Johnny Weissmuller, Jim Montgomery, Matt Biondi e Pieter van Hoggenband.

Na Gazzetta dello Sport, o brasileiro virou o "Santo Cielo". Na manchete do jornal, "A corrida perfeita do 'filho de Deus'", destacando a fé do nadador paulista. Com destaque, claro, para a história de Brett Hawke, que levou seus óculos para a praça de São Pedro, no Vaticano, e mergulhou os óculos em água benta.

Já a manchete do Il Messagero foi "O hidrojet", lembrando que Cielo foi o primeiro a bater o recorde mundial na casa dos 46 segundos. "Um muro caiu, pelo gigante brasileiro Cesar Augusto Cielo Filho, que nadou os 100m livre em menos de 47 segundos. O Kaká das piscinas, que preferiu a água ao futebol".

Quem também fala do futebol é o Corrierre della Serra: "Um brasileiro atípico: Não jogou futebol, mas é o homem mais rápido do mundo na natação". O jornal destaca ainda as lágrimas do campeão mundial, que comoveram o público no Foro Itálico e a ligação com a Itália. "Tem passaporte italiano, por um bisavo, que saiu da região de Treviso para a América em 1919.

No La Stampa, "Perto do céu", alusão ao sobrenome do brasileiro, e destacou a frase: "não é fácil ser um brasileiro na piscina". O jornal ainda lembra que Cielo, "na prova que todos esperávamos, virou o primeiro homem a, oficialmente, nadar abaixo dos 47 segundos".

Na França, o brasileiro aparece sorridente na capa do diário esportivo L'Equipe, com a manchete: "Muito bonito, mas triste". Já o Le Figaro dá destaque a uma frase de Alain Bernard, que chegou a Roma como o mais rápido da história (com os não homologados 46s94) e acabou com a medalha de prata. "Isso é esporte".

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