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Juízes italianos analisarão falas de Silvio Berlusconi na TV sobre serviços comunitários

O retorno de Silvio Berlusconi à mídia poderá custar caro ao ex-primeiro-ministro da Itália. As declarações feitas por ele, em um programa de televisão, sobre os serviços sociais que prestará serão analisadas pelo Tribunal de Vigilância de Milão

Ao participar do programa "Piazzapulita", exibido pela emissora "La7", o ex-premier afirmou que "é ridículo pensar que posso me reeducar fazendo serviços comunitários e com conversas quinzenais com assistentes sociais".

"Exigir que um senhor, que foi o chefe de governo por mais tempo da Itália e único cidadão no mundo a presidir por três vezes o G8, cumpra serviços sociais é uma coisa ridícula, não para mim, mas para o país", afirmou.

Em 2013, Berlusconi foi condenado a quatro anos de prisão por fraude fiscal, em um processo que ficou conhecido como "Mediaset". A pena, posteriormente, foi reduzida para 1 ano e poderia ser descontada com serviços comunitários ou prisão domiciliar. No último dia 15 de abril, o próprio Tribunal de Vigilância de Milão determinou que o ex-premier cumprisse jornada em um asilo italiano, como trabalho comunitário. Berlusconi deve começar a descontar a pena essa semana.

No entanto, mesmo com a Justiça investigando suas declarações, Berlusconi não se conteve e continuou criticando a magistratura italiana e líderes políticos do país, como o presidente Giorgio Napolitano e o ex-comediante e líder do Movimento 5 Estrelas (M5S) Beppe Grillo, quem comparou com o nazista Adolf Hitler.

"Os italianos devem aprender a ter medo de Grillo", afirmou."Ele me lembra personagens como Robespierre, Marx, Lenin. Grillo é o protótipo de pessoas como Hitler, inclusive", disse Berlusconi nesta terça-feira (29), em uma entrevista ao programa "Mattino Cinque".

Ao ver uma foto do presidente do país, o ex-premier comentou: "vermelho demais", referindo-se à militância esquerdista de Napolitano. "Minha sentença foi um outro golpe de Estado. Foi utilizada para me cassarem no Senado, para impedirem minha candidatura por seis anos e para derrubar o líder da centro-direita", criticou Berlusconi.

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