O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, declarou no Cairo, onde se encontrou com seu homólogo egípcio, Kamal al-Ganzuri, que o Egito tem a "capacidade de surpreender", como demonstrou com a organização das últimas eleições, detalhou.
Ele manifestou que a Itália tem "vontade de acompanhar o país no atormentado percurso de transição democrática" para que "possa se afirmar como um novo país, expressão dos direitos humanos, do respeito das liberdades civis e religiosas e da moderação".
Monti comentou que as empresas italianas que atuam em solo egípcio se mantiveram o país mesmo no ano passado e cobrou do governo sediado no Cairo "muito compromisso" para "demonstrar que a Itália fez bem".
O premier italiano disse que seu país pretende aumentar a presença de suas empresas no Egito, mas que, para isso, é preciso de uma atenção às "exigências de segurança" à manutenção de um ambiente de comércio amigável.
"A Itália fez grandes esforços e fez muito para ser um parceiro confiável na União Europeia e na comunidade internacional. E estamos dispostos a colocar à disposição também do Egito esta crescente atenção internacional nas sedes multilaterais", declarou Monti em coletiva de imprensa.
O primeiro-ministro do Egito, por sua vez, agradeceu a Monti por não ter retirado seus investimentos no país e recordou que a Itália "é um dos poucos países que não retiraram seus investimentos" durante as manifestações populares do ano passado.
Ganzuri ainda ressaltou a importância das relações econômicas entre Roma e Cairo e citou como exemplo o setor turístico de seu país, no qual os italianos representam 10% do total, "um percentual extremamente importante", avaliou o premier egípcio.
