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Começou na Itália a operação de engenharia para endireitar o navio Costa Concordia

Começou nesta segunda-feira a operação de engenharia, sem precedentes na história, para endireitar o Costa Concordia, o gigantesco cruzeiro, maior e mais pesado que o famoso Titanic, que há 21 meses naufragou, causando a morte de 32 pessoas e encalhou no litoral da ilha de Giglio (centro da Itália).

A operação de "parbuckling", termo técnico com o qual se conhece o sistema com o qual se fará a rotação de 65 graus para que o navio volte a ficar em posição vertical, começou com algumas horas de atraso em relação à prevista, devido a um forte temporal que aconteceu durante a noite.

A expectativa pela operação convocou mais de 500 jornalistas procedentes de todo o mundo, para acompanhar ao vivo como a embarcação de 44.600 toneladas de peso, 290 metros de comprimento e cerca de 70 metros de altura voltará a ser colocada para navegar.

A operação é realizada pela sociedade americana Titan Salvage e pela italiana Micoperi, custou 600 milhões de euros à empresa Costa Cruzeiros e cerca de 500 pessoas trabalharão para devolver o navio à posição vertical em cerca de 12 horas, se o tempo o permitir,

O comissário extraordinário para a emergência do Costa Concordia e chefe da Defesa Civil italiana, Franco Gabrielli, assegurou que tudo correrá bem e que a prioridade após endireitar o cruzeiro será a busca dos dois corpos que ainda não foram recuperados, a passageira Maria Grazia Trecarichi e o membro da tripulação Russel Rebelli.

O cruzeiro se movimentará do Giglio somente no ano que vem, quando começará sua viagem final até um porto próximo, no qual será feito seu desmantelamento. É a primeira vez que se enfrenta um desafio desta magnitude.

Após a finalização da fase de estabilização do navio, se construiu uma estrutura, um falso fundo sobre o qual a embarcação descansará após sua fase de rotação para evitar seu afundamento.

A operação de "parbuckling" é uma fase muito delicada, na qual as forças têm que ser compensadas para evitar a deformação ou rompimento do casco.

Quando o cruzeiro estiver na posição vertical se passará para a fase seguinte com a instalação de 15 novas boias estabilizadoras, iguais as já instaladas na parte esquerda do casco.

Tudo está pronto, vários testes já foram feitos para garantir que toda a operação de rotação seja perfeita, embora tenham surgido algumas dúvidas sobre o possível impacto meio ambiental que a operação acarretará, por causa de todos os resíduos e líquidos que se acumulam ainda no interior do navio.

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