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SETE BILHÕES DE EUROS: União Europeia aprova concessão de resgate e Grécia pensa em novas eleições

O eurogrupo deu aval para a concessão 7 bilhões de euros à Grécia por três anos, como parte de um terceiro pacote de resgate financeiro ao país, um dia após o Parlamento aprovar as medidas de austeridade exigidas pelos credores.

Os países europeus também disseram estar confiantes de que novas reformas serão passadas pelo Legislativo no próximo dia 22 de julho. “Com base em uma avaliação positiva das instituições, as quais concluíram que as autoridades gregas atuaram dentro do prazo e com satisfação, decidimos dar o aval para a liberação do princípio de apoio financeiro EFMS de três anos”, informou um comunicado do eurogrupo.

Por sua vez, o presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker, disse que os 7 bilhões de euros devem chegar a Atenas em meados de agosto. A linha de financiamento é de curto prazo e vem de um fundo de resgate do Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (EFMS, na sigla em inglês).

Alguns países da UE que não utilizam o euro, como o Reino Unido, a Suécia, a Dinamarca e a República Tcheca, manifestaram-se de maneira contrária à concessão da ajuda, porque ela é apoiada pelo orçamento de todos os membros do bloco. Para eles, o dinheiro dos contribuintes não deve arcar com o custo de mais um empréstimo.

Diante da aprovação das reformas pelo Parlamento grego, o Banco Central Europeu (BCE) também aumentou a Assistência de Liquidez Emergencial (ELA) da Grécia, de acordo com o presidente da instituição, o italiano Mario Draghi.

“O BCE continua a trabalhar com o pressuposto de que a Grécia é, e continuará sendo, um membro da zona do euro”, disse.

“Todas as indicações me levam a acreditar que seremos pagos pela Grécia em 20 de julho, assim como o FMI”, ressaltou o italiano, referindo-se à parcela de 3,5 bilhões de euros da Grécia ao BCE e ao calote de 1,6 bilhão de euros dado ao Fundo Monetário Internacional na semana passada.

O Parlamento grego aprovou ontem as primeiras reformas exigidas pelos credores para liberar um pacote de resgate ao país.

Apresentadas pelo premier Alexis Tsipras, do partido de extrema-esquerda Syriza, as medidas receberam 229 votos a favor, 64 contra e seis abstenções. Entre os que ficaram contra o plano, está o ex-ministro das Finanças Yanis Varoufakis.

O projeto apreciado pelos parlamentares consiste em uma manobra financeira de aumento de taxas e corte de gastos que totaliza 3,2 bilhões de euros. Apesar de se opor às políticas de austeridade, Tsipras concordou em implantar as reformas para poder receber a ajuda. A adoção das medidas gerou protestos no país, já que a maioria dos gregos tinha votado em um referendo para Atenas não aceitar as condições dos credores.

Ministros e membros do partido de Tsipras também se opuseram à decisão do governo. "Aos que pensam que fui chantageado, como tantos meios de comunicação têm escrito, eu pergunto se eles acham que isso é verdade ou se foi uma invenção", criticou o premier. Tsipras também decidiu dar início a uma reformulação de seu gabinete. Em duas semanas, o ministro das Finanças Yanis Varoufakis e a vice-ministra Nantia Valavani deixaram seus cargos devido às negociações. Por sua vez, o ministro do Interior da Grécia, Nikos Voutsis, anunciou que serão realizadas novas eleições entre os meses de setembro e outubro.

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