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Em crise, Alitalia atrasa salários de funcionários

A companhia aérea Alitalia, que está sob intervenção do governo italiano há quase quatro anos, não pagou os salários de seus funcionários, que costumam receber os contracheques no dia 27 de cada mês.

Os interventores nomeados pelo governo para administrar a empresa, Gabriele Fava, Giuseppe Leogrande e Daniele Santosuosso, enviaram um memorando interno aos empregados explicando que os pagamentos serão feitos assim que os novos subsídios públicos estiverem disponíveis.

Recentemente, o gabinete do premiê Mario Draghi aprovou um decreto econômico que prevê a destinação de 50 milhões de euros para pagar os salários dos funcionários da Alitalia.

A empresa pertence oficialmente à holding Compagnia Aerea Italiana (51%) e à Etihad Airways (49%), mas está sob intervenção do governo desde maio de 2017 por causa de uma crise de liquidez que a deixou à beira da falência.

Decretos aprovados no ano passado autorizam um aporte de até 3 bilhões de euros para reestatizar a companhia aérea, que será rebatizada como “Italia Trasporto Aereo”, ou ITA, mas a operação precisa do aval da União Europeia, que tem severas restrições para auxílios estatais a grupos privados.

A Alitalia vem sobrevivendo desde 2017 graças a repasses do governo, situação que se agravou com a crise no setor aéreo provocada pela pandemia de Covid-19. “Em abril, a Alitalia voou com 37 aviões de 90 disponíveis porque não tem demanda suficiente”, disse o CEO da futura ITA, Fabio Lazzerini, em audiência na Câmara dos Deputados,

Se não houver acordo com a UE, a Alitalia corre o risco de ser liquidada.

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