Catolicismo Romano

Papa alerta contra discriminação: “Se erguemos muros, ficamos presos”

O papa Francisco fez um alerta contra as “injustiças e discriminações contra os pobres” de todo o mundo em uma missa para encerrar o 27º Congresso Eucarístico Nacional da Itália.

“As injustiças, as disparidades, os recursos da terra distribuídos de forma desigual, os abusos dos poderosos contra os fracos, a indiferença ao clamor dos pobres, o abismo que cavamos todos os dias, gerando marginalização, não nos podem – todas estas coisas – deixar indiferentes”, disse

Francisco, na homilia no Estádio Municipal de Matera, cerca de 400 km a sul de Roma. O religioso pediu para os fiéis serem “apóstolos da fraternidade, da justiça e da paz”, porque “nem sempre o pão é repartido na mesa do mundo”.

Segundo Jorge Bergoglio, uma Igreja “eucarística” é feita “de homens e mulheres que se partem como pão para todos aqueles que mastigam a solidão e a pobreza, para aqueles que têm fome de ternura e compaixão”.

“Deus pede então uma conversão eficaz: da indiferença à compaixão, do desperdício à partilha, do egoísmo ao amor, do individualismo à fraternidade”, acrescentou.

Por fim, o Pontífice falou sobre o consumismo e o culto da aparência, reforçando que “é a religião do ter e do parecer, que muitas vezes domina a cena deste mundo, mas no final nos deixa de mãos vazias”. “O nosso futuro eterno depende desta vida presente: se cavamos um abismo agora com nossos irmãos e irmãs, cavamos a cova para depois; se agora erguemos muros contra nossos irmãos e irmãs, continuaremos presos na solidão e na morte, mesmo depois”, concluiu.

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