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Primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi comenta acordo entre Brasil e Irã

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, afirmou que todos os país da "comunidade internacional estarão atentos" para verificar se o acordo firmado entre Brasil, Turquia e Irã "não é um truque".
   
"Aguardamos com interesse esse acordo, mas nos perguntamos se ele abre, efetivamente, o caminho para deixar de lado a vontade do Irã de ter armas nucleares", disse o premier em uma coletiva de imprensa ao lado do presidente egípcio, Hosni Mubarak, com quem se reuniu hoje em Roma.
   
"Se não houver um passo atrás do Irã em relação à sua vontade de possuir armas nucleares, ocorreriam cenários aterrorizantes", observou Berlusconi, acrescentando que "o Estado de Israel não poderá, e creio que não irá querer, assistir [ao armamento iraniano, ndr.] sem fazer nada".
   
O chefe de Governo comentou que um dos temas de seu encontro com Mubarak foi o programa de enriquecimento de urânio do Irã, o qual, segundo ele "preocupa a todos".
   
Na última segunda-feira, Brasil e Turquia anunciaram que teriam chegado a um acordo com o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad que determina que parte do urânio iraniano seja enriquecido no exterior. Segundo o acordo, negociado durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país no último fim de semana, Teerã enviaria 1.200 quilos de urânio enriquecido a 3,5% para Rússia ou França, onde o montante seria enriquecido a 20%.
   
A comunidade internacional teme que o Irã enriqueça urânio em seu território a níveis suficiente para produzir armas nucleares, o que é negado pelo governo de Ahmadinejad. Muitos países, como os Estados Unidos, disseram que Teerã aceitou o acordo somente para evitar que novas sanções sejam adotadas.
   
Ontem, os EUA entregaram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma proposta para ampliar as sanções contra o país. O texto teve o respaldo da França, Alemanha e Reino Unido.
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