O governo norte-americano, de Barack Obama, agradeceu à Itália pela decisão tomada pelo Conselho de Ministros do premier Silvio Berlusconi que anunciou o envio de mil soldados a mais ao Afeganistão.
– Os Estados Unidos dão as boas-vindas ao anúncio de que a Itália aumentará significativamente sua contribuição às tropas no Afeganistão – disse à ANSA o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Mike Hammer.
Para Obama, "a nova perspectiva da Itália demonstra a firme posição dos aliados da OTAN e dos parceiros da Isaf [Força Internacional de Assistência à Segurança] pelo êxito da missão no Afeganistão", continuou o porta-voz.
A decisão da Itália de enviar novos soldados responde à estratégia anunciada nos últimos dias pelo governo norte-americano, de enviar 30 mil homens ao país ocupado, dos quais dez mil devem ser mandados pelos países que integram a missão de paz.
Segundo esclareceu o chanceler italiano, Franco Frattini, quando "se entra junto, se sai junto com os aliados das missões de paz internacionais".
O chefe da diplomacia italiana ressaltou também que, para atender à solicitação, a Itália fará um remanejamento de seus soldados, deslocando-os do Líbano e dos Bálcãs para o Afeganistão. Atualmente há mais de 3.500 militares italianos em território afegão.
Frattini disse ainda que o objetivo da missão é fazer com que o governo do presidente Hamid Karzai, consiga assumir o controle da segurança de seu país. – Nós estamos convencidos de que não devemos falar de estratégia de saída, mas de estratégia de transição – explicou.
Em um comunicado oficial, o governo italiano informou que o envio de soldados ao Afeganistão será realizado ao longo de 2010, com mais intensidade na segunda metade do ano.