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Ex-prefeito de Roma, Gianni Alemanno, pode ter desviado dinheiro para Argentina

O esquema mafioso no governo de Roma pode ter respingado na Argentina. Segundo informações divulgadas pelos jornais italianos, o ex-prefeito da capital Gianni Alemanno, que está no centro das investigações, teria feito "quatro viagens para a Argentina com as malas cheias de dinheiro".

A afirmação foi feita com base nas interceptações telefônicas da Justiça italiana dos envolvidos no caso. De acordo com as publicações, as viagens foram realizadas ainda no período que ele era prefeito da cidade e, por isso, ele não precisou se submeter ao controle normal do aeroporto.

A conversa entre Luca Odevaine, que trabalhava em um órgão público romano, e Sandro Coltellacci, um dos colaboradores do chefe do esquema, relata uma briga que Alemanno teve com um homem ainda não identificado. Nela, o homem teria dito que o prefeito pegou o dinheiro e teria simulado um "estranho roubo em sua casa" para justificar o sumiço do dinheiro para o esquema de corrupção.

Alemanno negou veementemente as acusações e, em entrevista ao Tempo, ele afirmou que a acusação é "uma mentira totalmente infundada" e que "nunca levou dinheiro para o exterior". A Procuradoria de Roma informou que "não há registros de nenhuma movimentação de dinheiro para o exterior".

O escândalo no governo da capital italiana tem como centro o ex-prefeito e funcionava como um esquema mafioso. O grupo conseguia contratos públicos, extorquia funcionários e fazia lavagem de dinheiro e, na última semana, mais de 100 pessoas foram interrogadas sobre o esquema de corrupção.

Outras 37 foram presas sob a acusação de associação mafiosa, extorsão, corrupção, fraude em licitações públicas, faturamentos falsos, transferência fraudulenta de valores e lavagem de dinheiro.

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