
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, homenageou os juízes Paolo Borsellino e Giovanni Falcone, vítimas da máfia Cosa Nostra.
Em discurso na sessão plenária da cúpula entre a União Europeia (UE) e a Comunidade dos Estados Latino Americanos e Caribenhos (Celac), a premiê enfatizou que os dois magistrados foram “mártires na luta contra a máfia” e o dia 19 de julho é uma data simbólica na Itália. A declaração é dada próxima ao aniversário do assassinato do juiz italiano Paolo Borsellino e de mais cinco pessoas em uma atentado cometido pela máfia Cosa Nostra na via d’Amelio, em Palermo, no dia 19 de julho de 1992. O carro com explosivo foi acionado em frente à então residência do juiz, no momento em que ele estava retornando para o prédio.
Ao lado de Giovanni Falcone, também assassinado pela máfia dois meses antes, o juiz ficou conhecido por enfrentar os mafiosos de forma firme em julgamentos históricos.
“Foram dois mártires na luta contra a máfia e são também dois dos principais protagonistas a quem devemos muito do que sabemos na luta contra o crime organizado. Foram eles que nos ensinaram o quanto é importante combater a máfia, combater o crime organizado, também trabalhando fora das próprias fronteiras nacionais, com organizações criminosas cada vez mais poderosas e que já não diziam respeito apenas às nossas sociedades”, declarou Meloni.
A premiê italiana explicou que “é por esta razão que há 23 anos a ONU, em Palermo, na cidade de Falcone e Borsellino, iniciou o que conhecemos como a convenção das Nações Unidas contra o crime organizado transnacional”.
“Acredito que este é o outro fator fundamental de nossa cooperação, algo em que podemos continuar trabalhando juntos porque a Itália é reconhecida como uma das nações que possuem maior know-how, mas obtivemos os melhores resultados nesta cooperação com nossos parceiros da América Latina”, concluiu.