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Fábio Botto Farhan: Invasão de baratas não intimida turistas de Nápoles

Após a emergência do lixo, em Nápoles surge "novo flagelo": as blatte (baratas). A imprensa internacional, liderada pela francesa, noticia a proliferação recente dos famigerados insetos na capital da Campania, que saem de bueiros e esgotos no calor do verão. Os profissionais da saúde alertam sobre o risco de hepatite e febre tifoide, enquanto o governo local – liderado pelo prefeito, garante que não há nenhuma situação de emergência real e já previu, diante do forte calor que pode favorecer a presença desta praga, a potencialização da desinfecção, entre outras medidas de rotina já em curso.

Alguns até apontaram o dedo para as balsas das Ilhas Eólias como fonte do problema, jogando mais gasolina no fogo. Os prefeitos das ilhas reagiram e argumentaram que tal hipótese não tem qualquer fundamento.

O prefeito napolitano Luigi de Magistris garante que a situação está sob controle e que a imprensa denigre injustamente a imagem da cidade porque "o resgate de Nápoles incomoda muita gente". O prefeito se refere a alguns telejornais italianos e se mostra particularmente indignado com a imprensa francesa. Ele também anunciou que entrará com ações civis contra todos os que lesam a imagem da cidade.

A repercussão da notícia na imprensa internacional não ajuda a reconstruir a imagem de uma cidade feita sob medida para as pessoas, após a emergência do lixo que, há alguns verões, foi manchete inclusive no exterior.

Quem já visitou Nápoles pelo menos uma vez sabe que a cidade consegue cativar até o mais frio dos visitantes. Cúmplices são o charme da genuína autenticidade da população local, as maravilhas histórico-artísticas presentes em igrejas e museus, o efeito único de um pôr do sol em Posillipo, com os olhos postos no Vesúvio.

A oferta turística está entre as mais ricas da península. Uma de suas pérolas para os visitantes de primeira viagem é a capela SanSevero, que abriga uma das mais belas obras de arte no mundo: o Cristo Velado de Giuseppe Sanmartino, cujo véu de mármore parece realmente um tecido impalpável.

Para mergulhar nas cores, nos perfumes e na alma da capital da Campania, muitas vezes contraditória, vale a pena percorrer Spaccanapoli: em um piscar de olhos você passa das igrejas históricas para os varais de roupas pendurados entre os prédios.
Símbolo da cidade, e com paradas obrigatórias, são o majestoso Maschio Angioino e Castel dell'Ovo, com uma vista romântica do mar. A gastronomia, por si só, liderada pela pizza e pela mussarela de búfala, merece um capítulo à parte.

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