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Família cigana perde três filhas em incêndio em Roma

Um incêndio a um acampamento de uma família cigana na periferia de Roma matou três irmãs que moravam no local.   

Por volta das 4h locais, um homem, que até o momento continua desconhecido, jogou um coquetel molotov no veículo que abrigava uma família de etnia rom formada por pai, mãe e 11 filhos. O trailer começou a pegar fogo e três das irmãs, Francesca, 20 anos, Angelica, 8, e Elizabeth, 4, não conseguiram deixar o local e acabam morrendo queimadas. Os adultos e as outras crianças conseguiram sair em segurança e bombeiros e policiais foram rapidamente ao lugar para controlar as chamas e tomar depoimento dos presentes.   

A família, de sobrenome Halilovic, estava morando no estacionamento do centro comercial Primavera na zona periférica romana de Centocelle. Os pais das crianças eram originários da Bósnia-Hergegóvina, já os filhos nasceram e foram criados já na Itália. Até o momento não se sabe ao certo a causa do incêndio, mas parece ter sido excluída a pista de crime por desavenças de raça, segundo fontes próximas da investigação. Entre as hipóteses mais aceitas no momento está a de que o episódio se tratou de uma vingança entre famílias de ciganos.   

Acredita-se portanto, que o homem que jogou a bomba no acampamento pertencia a um clã rival, provavelmente da Sérvia. A tragédia chamou a atenção na Itália e chegou até o governo. O presidente italiano, Sergio Mattarella, condenou o “crime horrendo”, disse que “quando se chega a assassinar crianças se é inferior ao gênero humano” e afirmou que é precisão encontrar “os responsáveis e os condenar severamente”. A prefeita de Roma, Virginia Raggi, também falou sobre o incidente. “Exprimimos nossas condolências porque quando há vítimas se permanece em silêncio”, disse a política do Movimento Cinco Estrelas. Além disso, o papa Francisco mandou “seu conforto à família Halilovic que ontem de noite perdeu três filhas no incêndio da sua ‘caravana’ na periferia de Roma”, segundo afirma um comunicado no site oficial da Santa Sé. A nota oficial também informou que “hoje de tarde o monsenhor Konrad Krajewski [da Esmolaria Apostólica] fez uma visita para cumprimentar e dar uma ajuda concreta aos pais aos outros irmãos [da família]”.

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