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UNIÃO EUROPEIA: Grécia pede novo empréstimo e promete reformas

A Grécia enviou uma carta ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês) pedindo uma nova ajuda financeira de três anos, sem especificar valores, e se comprometeu a realizar reformas no sistema financeiro e previdenciário. Fontes do ESM confirmaram que receberam o documento. Uma reunião de representantes dos ministros das Finanças da zona do euro deve analisar ainda hoje o pedido grego, podendo dar seguimento ou não aos técnicos da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE) na avaliação da situação econômica e financeira de Atenas e da sustentabilidade da dívida, necessária para a verificação de condições para o resgate. A carta diz que o governo vai começar a implementar algumas medidas das reformas exigidas pelos credores na semana que vem.

O documento também garante que o país cumprirá suas obrigações financeiras com os credores de "forma plena e no tempo". Por fim, Atenas pediu um alívio da dívida. "Como parte de uma discussão mais ampla a ser realizada, a Grécia acolhe bem a oportunidade de explorar as potenciais medidas a serem tomadas para que a sua dívida se torne sustentável e viável a longo prazo".

A Grécia deve apresentar amanhã os detalhes das reformas financeiras e previdenciárias aos seus credores da zona do euro, que deram um prazo até domingo (12) para as negociações. Caso não seja alcançado um acordo, Atenas corre o risco de deixar a moeda única e provocar uma crise no sistema do bloco. As negociações entre Atenas e seus credores ocorriam há semanas, mas foram interrompidas após o governo convocar um referendo para que os gregos decidissem se aceitavam ou não as medidas de austeridade.

Com a vitória do "não", o país tenta renegociar as condições do empréstimo. Ontem, em Bruxelas, Tsipras fez uma apresentação oral das intenções da Grécia e pediu a liberação emergencial de 7 bilhões de euros.

Sem dinheiro, a Grécia se tornou na semana passada o primeiro país desenvolvido a dar um calote no FMI,  deixando de pagar uma parcela de 1,6 bilhão de euros. Além disso, o país tem até 20 de julho para quitar uma prestação de 3,5 bilhões de euros devida ao BCE. Se sofrer um calote, a instituição não poderá mais socorrer os bancos gregos com seu programa de liquidez.

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