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POLÊMICA: Parlamento Italiano aprova controversa anistia fiscal de Silvio Berlusconi

O Parlamento italiano aprovou uma controversa anistia fiscal, que descriminaliza vários crimes tributários e levou a oposição de esquerda a acusar o governo de Silvio Berlusconi de "mafioso" por proteger sonegadores de impostos.

 

A Câmara dos Deputados, graças à maioria governista de centro direita, aprovou a medida com 270 votos a favor, 250 contra e 2 abstenções.

 

O decreto deve ser assinado pelo presidente Giorgio Napolitano, após o qual entrará em vigor.

 

Capitais, bens imobiliários, ações, iates e jóias poderão voltar anonimamente á Itália sem que seus proprietários tenham de pagar imposto.

 

Segundo cálculos oficiais, os italianos têm no exterior um patrimônio de quase 300 bilhões de euros (430 bilhões de dólares), a metade deles na Suíça.

 

"Governo mafioso", gritou após a votação o deputado Francesco Barbato, do partido de oposição Itália dos Valores (IdV), fundado pelo juiz anticorrupção Antonio Di Pietro, o que suscitou fortes protestos por parte dos parlamentares do governo.

 

O deputado foi imediatamente expulso da sala e a sessão interrompida.

 

"Esta lei é uma recompensa aos delinquentes e criminosos, um ato mafioso, uma vergonha", criticou na véspera Di Pietro.

 

"São medidas que já foram adotadas em inúmeros países sem causar o escândalo que a esquerda italiana gerou", afirmou Italo Bocchino, do governista Partido da Liberdade.

 

A Itália já havia aplicado tal medida em 2001-2002 e durante o segundo governo de Berlusconi, em 2003, o que lhe permitiu legalizar entradas no valor de 2 bilhões de euros.

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