
A filha de Adilma Pereira Carneiro, brasileira de 50 anos conhecida como “louva-a-deus de Parabiago” devido à suspeita de ter matado dois parceiros na Itália, foi presa sob a acusação de envolvimento no homicídio de Fabio Ravasio.
O homem era namorado de Adilma, que estava formalmente casada com outro indivíduo, e foi morto atropelado enquanto andava de bicicleta em Parabiago, na província de Milão, em agosto de 2024.
Inicialmente, Ariane, filha da brasileira, era investigada apenas por falso testemunho, mas o Ministério Público de Busto Arsizio decidiu pedir a prisão preventiva dela após descobrir indícios de suposta participação na morte de Ravasio.
Ariane foi colocada em uma penitenciária de Como, no norte da Itália, onde ficará à disposição da Justiça, mas o teor exato das acusações contra ela ainda é desconhecido.
Segundo o MP, Adilma orquestrou o homicídio de Ravasio durante meses para ficar com o patrimônio do namorado, avaliado em cerca de 3 milhões de euros.
Ela é a principal ré no processo em curso no tribunal de Busto Arsizio, e teria agido ao lado de sete cúmplices: Marcello Trifone, marido oficial da brasileira; Igor Benedito, filho da acusada; Massimo Ferretti, ex-amante de Adilma; e Fabio Oliva, Mirko Piazza, Fabio Lavezzo e Mohamed Daibi.
O carro que atropelou Ravasio levava Adilma, Trifone, Ferretti, Benedito, que dirigia o veículo, e Lavezzo, então namorado de Ariana.
Piazza, por sua vez, era o responsável por avisar o filho da brasileira sobre a aproximação da vítima, enquanto Daibi fingiu um mal-estar para atrapalhar o trânsito e facilitar a fuga do carro.
Já Oliva, que é mecânico, realizou reparos no automóvel antes do crime. O objetivo de Adilma, segundo relato de seus cúmplices, incluindo Benedito, era fazer com que o atropelamento parecesse um acidente de trânsito.
Após a morte de Ravasio, a Justiça italiana também reabriu a investigação sobre o falecimento de um ex-marido da brasileira, Michele Della Malva, em dezembro de 2011.
Para o MP, a morte do homem, inicialmente atribuída a um infarto, pode ter sido provocada por envenenamento a mando da “louva-a-deus”, crime que teria sido executado pelo ex-amante dela e ex-cunhado da vítima, Maurizio Massè, que também está preso.
A brasileira ganhou o apelido de “louva-a-deus de Parabiago” pelo fato de que fêmeas desse inseto matam e consomem os machos após o acasalamento.