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Filha de brasileira nega envolvimento em homicídio na Itália

Ariane Pereira, filha da brasileira Adilma Pereira Carneiro, que é ré na Itália por suspeita de encomendar o assassinato de seu namorado, Fabio Ravasio, disse que não tem envolvimento com o crime.

O homem foi morto por atropelamento enquanto andava de bicicleta em Parabiago, na província de Milão, em 9 de agosto do ano passado, e o Ministério Público acusa Adilma e mais sete réus de organizarem um falso acidente para tirar a vida da vítima.

Ariane ainda não foi formalmente denunciada, mas acabou presa no último fim de semana por suspeita de participação no homicídio. Em audiência de custódia nesta terça, ela explicou que não tem “nenhum tipo de responsabilidade” na morte de Ravasio, segundo o advogado de defesa, Edoardo Lorenzo Rossi.

“Ariane respondeu a todas as perguntas. Ela acredita não ter nenhum tipo de responsabilidade em relação ao que é atribuído a ela”, declarou Rossi, acrescentando que não há “elementos novos” que justifiquem a prisão preventiva de sua cliente.

Segundo o MP, Adilma orquestrou o homicídio de Ravasio durante meses para ficar com o patrimônio do namorado, avaliado em cerca de 3 milhões de euros.

Ela é a principal ré no processo em curso no tribunal de Busto Arsizio e teria agido ao lado de sete cúmplices: Marcello Trifone, marido oficial da brasileira; Igor Benedito, filho da acusada e irmão de Ariane; Massimo Ferretti, ex-amante de Adilma; e Fabio Oliva, Mirko Piazza, Fabio Lavezzo e Mohamed Daibi.

O carro que atropelou Ravasio levava Adilma, Trifone, Ferretti, Benedito, que dirigia o veículo, e Lavezzo, namorado de Ariana.

Piazza, por sua vez, era o responsável por avisar o filho da brasileira sobre a aproximação da vítima, enquanto Daibi fingiu um mal-estar para atrapalhar o trânsito e facilitar a fuga do carro. Já Oliva, que é mecânico, realizou reparos no automóvel antes do crime.

Após a morte de Ravasio, a Justiça italiana também reabriu a investigação sobre o falecimento de um ex-marido da brasileira, Michele Della Malva, em dezembro de 2011.

Para o MP, a morte do homem, inicialmente atribuída a um infarto, pode ter sido provocada por envenenamento a mando de Adilma, crime que teria sido executado pelo ex-amante dela e ex-cunhado da vítima, Maurizio Massè, que também está preso.

A brasileira ganhou o apelido de “louva-a-deus de Parabiago” pelo fato de que fêmeas desse inseto matam e consomem os machos após o acasalamento.

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