
O filho de Adilma Pereira Carneiro, a “louva-adeus de Parabiagio”, Igor Benedito, acusou perante o tribunal de Busto Arsizio, na Lombardia, norte da Itália, a mãe e seu amante Massimo Ferretti de serem os idealizadores do plano de assassinato contra Fabio Ravasio, cometido em agosto de 2024 na cidade italiana que inspirou o apelido da brasileira, na província de Milão.
O jovem de 27 anos admitiu que estava na direção do carro que atropelou e matou o então namorado de Adilma, mas que o fez após ser chantageado pela dupla.
“Minha mãe e Ferretti me pediram, no dia 8 de agosto [2024], para dirigir o carro. Eu disse não. Aceitei no dia seguinte quando eles falaram que se eu não fizesse, eu não veria mais os meus irmãos e não poderia mais frequentar o bar de Ferretti, ou seja, seria exilado da família”, afirmou Benedito em juízo.
O filho da brasileira de 50 anos também confessou que mentiu em seu depoimento anterior ao Ministério Público por ter sido “influenciado pela mãe”, quando negou o envolvimento de ambos no caso.
O julgamento sobre Ravasio, de 52 anos, morto em 9 de agosto de 2024 na cidade de Parabiago, acontece no tribunal de Busto Arsizio desde 27 de janeiro e além dos citados, envolve ainda outros nomes, todos supostamente cúmplices da “louva-a-deus”: Marcello Trifone, oficialmente casado com Adilma; Fabio Oliva, Fabio Lavezzo, Mirko Piazza e Mohamed Daibi.
Segundo o MP, não se tratou de um mero acidente de trânsito, mas de um assassinato encomendado por Adilma, que teria planejado o homicídio durante meses para ficar com o patrimônio de seu namorado, avaliado em cerca de 3 milhões de euros, entre propriedades e um comércio na cidade de Magenta, também na região da Lombardia.
Em depoimentos anteriores, Ferretti, Oliva e Piazza declararam que a mulher convenceu todos os sete supostos cúmplices a atropelar e matar seu então namorado, de modo que o assassinato simulasse um acidente de trânsito. A acusada alega inocência.