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FIM DA NOVELA – EXTRADITADO: Pizzolato chega ao Brasil, após passar dois anos na Itália

O ex-diretor de marketing do BB Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão, voltou ao Brasil em um voo da TAM que aterrissou no aeroporto de Guarulhos por volta das 6h14 desta sexta-feira (23), após passar dois anos na Itália, para onde fugiu com um passaporte falso. Durante o voo, Pizzolato ficou sentado na poltrona 40 A, a última da aeronave, ao lado de um banheiro. Ele foi acompanhado por agentes da Polícia Federal brasileira e por uma médica.

Antes de chegar ao Brasil, o mensaleiro leu trechos de uma Bíblia que carregava na bagagem. Algumas poltronas ao seu redor foram retiradas para evitar que outras pessoas se sentassem próximo. Passageiros que ficaram sabendo de sua presença no voo chegaram a ensaiar um protesto, porém, sem sucesso. Ele foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Sua defesa poderá pedir a transferência para prisões de Santa Catarina. Com isso, encerra-se uma novela de mais de um ano e meio, iniciada em fevereiro de 2014, quando Pizzolato foi capturado pela polícia italiana por falsidade ideológica na cidade de Maranello, onde vivia com parentes para fugir da cadeia no Brasil, já que fora condenado no ano anterior pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Durante todo o processo de extradição, os advogados de Pizzolato alegaram que as prisões nacionais não tinham condições de garantir a integridade do condenado. No entanto, a Justiça italiana acatou esclarecimentos das autoridades do Brasil e aprovou as condições dos presídios de Curitibanos e Itajaí. Havia incertezas quanto à possibilidade da Itália conceder a extradição, já que Pizzolato possui cidadania italiana e poderia cumprir pena no país. Porém, a cooperação bilateral e a disposição de Roma em mostrar que não acolheria condenados facilitou o processo. No entanto, houve três tentativas para a extradição. Ele deveria ter sido entregue às autoridades brasileiras desde o dia 7 de outubro, mas o ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, adiou a decisão.

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