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Primeiro-ministro britânico Gordon Brown e oposição italiana se solidarizam com Berlusconi

O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, assim como os principais líderes oposicionistas da Itália, desejou uma rápida recuperação ao premier italiano, Silvio Berlusconi — atingido no rosto ontem por um objeto arremessado após um comício em Milão.

 

Brown, que atualmente está no Afeganistão, se manifestou através de seu porta-voz.

Berlusconi sofreu uma fratura no nariz, um corte no lábio superior e teve dois dentes quebrados depois que uma miniatura do Duomo (catedral) de Milão foi arremessada contra ele. A agressão ocorreu após um comício de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL), e o responsável já está preso. 

Também na Itália os líderes da oposição desaprovaram o ataque ao premier. 
 

"É preciso refutar e condenar a violência sem sentido e restabelecer a civilidade política, mas sobretudo a boa educação", afirmou Pierluigi Bersani, secretário do Partido Democrata (PD), principal força oposicionista. 
 

Bersani visitou Berlusconi no hospital na manhã de hoje e disse que o premier estava de bom humor, apesar de tudo. "Fui levar-lhe a nossa solidariedade e o desejo de uma rápida recuperação", acrescentou. 
 

O líder da União Democrata de Centro (UDC), ex-aliada do governo italiano, Pier Ferdinando Casini, também falou com o presidente do Conselho de Ministros durante a manhã. De acordo com uma nota divulgada pelo partido, os dois mantiveram um "longo e afetuoso telefonema". 
 

Já o deputado do partido Itália dos Valores (IDV), Antonio Di Pietro, criticou a agressão, mas disse que não é hipócrita e que portanto não irá ao hospital para ver Berlusconi. 
 

"Não acredito que o premier tenha necessidade da minha visita. Já dei minha solidariedade contra um gesto sem critério da parte de um doente mental que responderá na Justiça. Mas continuo contrário às políticas deste governo que geram alarme social e tensões", afirmou o político.

 

Em contraposição às palavras dos oposicionistas, o senador do PDL, Filippo Berselli, atribuiu a responsabilidade pelo "clima de ódio" que teria provocado o ataque contra Berlusconi a Bersani, Di Pietro e Casini. 
 

De acordo com Berselli, o fato de os oposicionistas terem classificado o premier "repetidamente como 'delinquente', 'mafioso', 'fascista', 'ditador'" teria induzido um homem mentalmente instável a atacá-lo. 
 

"O oportuno distanciamento e condenação da parte de Bersani, Casini e companhia, com a única, solitária, vergonhosa, mas coerente exceção de Di Pietro, não são nada além de lágrimas de crocodilo", completou o senador governista.

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