
Trabalhadores de toda a Itália participaram de uma greve geral e de manifestações de rua convocadas por sindicatos de base para protestar contra a guerra na Faixa de Gaza e pedir sanções contra Israel.
A Itália vem adotando uma postura mais cautelosa a respeito do assunto e defende que o Estado palestino seja reconhecido apenas quando existir de fato, embora condene o massacre da população civil e cobre o fim da ofensiva israelense.
“A greve para interromper o genocídio na Palestina foi um grande sucesso. Milhões de trabalhadores ficaram paralisados em todo o país, dos portos às escolas, passando por galpões de logística, fábricas e órgãos públicos”, disse a União Sindical de Base (USB), organizadora das manifestações.
Segundo o sindicato, cerca de 100 mil pessoas saíram às ruas apenas na capital Roma, porém ainda não há estimativas independentes sobre o número de participantes nos protestos e a adesão à paralisação. “Essa greve é um aviso ao governo Meloni, que está demonstrando ser cúmplice do Estado sionista”, acusou a USB.
Em Milão, manifestantes queimaram uma bandeira dos Estados Unidos diante do Consulado americano na cidade, sob os gritos de “assassinos” devido ao apoio de Washington a Israel. Também foram registrados protestos em capitais regionais como Bari, Florença, Nápoles, Palermo, Turim e Veneza.
Há relatos de bloqueios aos portos de Gênova e Livorno e de atrasos em serviços de transporte público nas principais metrópoles do país.
A guerra em Gaza foi deflagrada após atentados terroristas do Hamas que mataram 1,2 mil pessoas em Israel, cuja reação militar já custou as vidas de mais de 65 mil palestinos e reduziu o enclave a uma pilha de escombros.