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G7 cria mecanismo de coordenação para ajudar Ucrânia

Os ministros das Relações Exteriores dos países que formam o G7 – Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – informaram a criação de um mecanismo de coordenação para ajudar a fazer reparos na infraestrutura da Ucrânia.

“Estabelecemos um mecanismo de coordenação do G7 para ajudar a Ucrânia a reparar, retomar e defender as infraestruturas críticas para a energia e a água. Esperamos com impaciência a conferência internacional de 13 de dezembro em Paris voltada a apoiar a resiliência civil da Ucrânia”, informa a nota oficial do encontro.

Os representantes ainda afirmam que “acolhem com favor os resultados da conferência internacional de especialistas realizada em 25 de outubro em Berlim e permanecem empenhados em contribuir com a retomada, a reconstrução e a modernização da Ucrânia”.

“Ficaremos firmemente com a Ucrânia por todo o tempo necessário”, acrescentaram.

A infraestrutura civil do país europeu vem sendo bombardeada há semanas pela Rússia, em uma “nova fase” da guerra iniciada em fevereiro. A capital Kiev, por exemplo, já anunciou planos de racionamento após diversos bairros terem ficado sem luz e água nos últimos dias.

A nota do G7 ainda pede “mais uma vez, que a Rússia pare imediatamente com a sua guerra de agressão contra a Ucrânia e a retirar todas as suas forças e seu equipamento militar”.

“Condenamos a recente escalada da Rússia, incluindo seus ataques contra civis e infraestruturas civis, em particular plantas energéticas e hídricas, em toda a Ucrânia utilizando mísseis, drones e equipamentos iranianos. Através desses ataques, a Rússia está buscando aterrorizar a população civil”, acrescentam.

Os ministros ainda definiram como “inaceitáveis e irresponsáveis” as ameaças feitas por líderes russos de usar armas nucleares na Ucrânia.

“Qualquer uso de armas químicas, biológicas ou nucleares por parte da Rússia teria graves consequências. Rejeitamos também as falsas acusações da Rússia de que a Ucrânia estaria planejando usar uma ‘bomba suja’. As inspeções da Agência Internacional para Energia Atômica (Aiea) confirmaram que essas acusações são infundadas e agradecemos à Ucrânia por sua transparência”, acrescenta.

Após o encontro, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, que participou de sua primeira reunião representando o novo governo de Giorgia Meloni, afirmou que “ninguém fez qualquer aceno a possíveis ou hipotéticas posições diferentes no âmbito da maioria que governa” seu país.

“Todos mostraram confiança no governo, demonstraram grande atenção às nossas posições, que reforcei de maneira muito clara. Nós somos parte da Europa, da Otan, do Ocidente, das relações transatlânticas, e estamos aqui para defender a independência da Ucrânia, focando sempre na paz”, afirmou Tajani.

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