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G7 pede desescalada, mas cita Irã como “fonte de terror”

Os líderes do G7 divulgaram um comunicado em que pedem uma “desescalada” no conflito entre Israel e Irã, mas afirmam que o país persa não pode possuir armas nucleares.

O texto é assinado por todos os membros do grupo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e União Europeia) e foi divulgado pouco antes de o presidente americano, Donald Trump, abandonar antecipadamente a reunião em Kananaskis, no Canadá, devido à guerra no Oriente Médio.

“Nós, líderes do G7, reiteramos nosso compromisso com a paz e a estabilidade do Oriente Médio.

Neste sentido, afirmamos que Israel tem o direito de se defender e reiteramos nosso apoio à segurança de Israel”, diz o comunicado, que define o Irã como “principal fonte de instabilidade e terror na região”.

“Sempre afirmamos com clareza que o Irã jamais deve obter uma arma nuclear. Exortamos para que a resolução da crise iraniana leve a uma mais ampla desescalada das hostilidades no Oriente Médio, incluindo um cessar-fogo em Gaza. Permaneceremos alertas a respeito das implicações para os mercados energéticos internacionais e prontos para tutelar a estabilidade do mercado”, acrescenta o texto.

Já o presidente Trump também repetiu que o país persa deveria ter assinado o acordo nuclear oferecido pelos Estados Unidos e afirmou que “todos devem evacuar Teerã imediatamente” – a cidade abriga cerca de 9 milhões de habitantes. Por outro lado, disse estar disposto a mandar o vice-presidente J.D. Vance ou o enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, para encontrar negociadores iranianos.

Enquanto isso, a guerra entrou em seu quinto dia com novas trocas de agressões entre Irã e Israel. Segundo o Exército do país judeu, Teerã disparou cerca de 30 mísseis entre a madrugada e a manhã desta terça-feira (17), porém a maioria foi interceptada ou caiu em áreas abertas. Entre os alvos estariam o quartel-general do Mossad, serviço de inteligência israelense, nos arredores de Tel Aviv.

Explosões também foram ouvidas em Jerusalém, mas não há relatos de mortes até o momento. O Irã também declarou ter derrubado um caça F-35 israelense em Tabriz, no noroeste do país.

Israel, por sua vez, voltou a atacar Teerã e os arredores da usina de Natanz, coração do programa nuclear iraniano, apesar dos apelos da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) contra bombardeios a esse tipo de infraestrutura. Além disso, o Exército afirmou estar pronto para ampliar a ofensiva sobre a nação persa e reivindicou a destruição do “principal quartel-general do regime iraniano”.

A guerra foi deflagrada por Israel em 13 de junho, com o objetivo de desmantelar o programa nuclear do Irã e evitar que o regime dos aiatolás desenvolva uma bomba atômica. Teerã, no entanto, assegura que suas atividades de energia nuclear têm apenas fins pacíficos.

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