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Cantora italiana Laura Pausini diz que o mercado musical vive seu pior momento em todo o mundo

Laura Pausini começou o ano de 2014 animada e trabalhando bastante. A cantora, que retoma em fevereiro sua turnê “20 – The Greatest Hits”, iniciada em dezembro de 2013 e com previsão de desembarcar no Brasil em fevereiro (quando se apresenta nos dias 19 e 20 no Credicard Hall, em São Paulo), garante que seus novos shows são um presente para seus fãs.

 

"Estou celebrando 20 anos de carreira, e não encontrei maneira melhor de comemorar do que estar ao lado de quem me deu essa carreira. Quero olhar nos olhos de quem mudou e muda até hoje a minha vida. É muito lindo ver o público cantando minhas músicas e essa turnê é uma homenagem à nossa vida, minha e dos meus fãs", disse ela em entrevista.

Muito simpática e falando em português, Laura fez um balanço da carreira, marcada por grandes sucessos, como "La Solitudine", "Strani Amori" e "Se Fué", e conseguiu pontuar seu momento mais grandioso nessas duas décadas: “Quando cantei, aos 18 anos, a música 'La Solitudine' no Festival di Sanremo, que me rendeu o primeiro lugar do concurso e o maior sonho que tinha na época, o de gravar um disco".

Já quando o assunto foi o pior momento, Laura desconversa, mas confessa que foi após a demissão de seu empresário e ex-namorado Alfredo Cerutti, o qual ela processou por roubo. "Tenho sorte de não ter momentos ruins na minha vida profissional, diferentemente da minha vida pessoal, onde tive muitas dores. Acredito que um dos momentos mais difíceis foi em 2004, quando rompi com meu empresário, Alfredo Cerutti. Na época tive muito medo, muitas lágrimas, achei que não conseguiria mais tocar minha carreira, mas descobri que trabalhar é muito bom."

O atual momento da música no mundo preocupa e entristece Laura. Número um nas paradas italianas desde que lançou seu último disco, em novembro de 2013, a cantora conta que as 100 mil cópias vendidas até o momento são um quinto do que ela venderia normalmente há oito anos. “Ninguém mais está investindo em música, nem em novos cantores. É quase impossível, hoje, um jovem sem dinheiro querer se lançar no mercado musical.”

E se para os novos artistas o mercado está praticamente fechado, para os antigos as dificuldades começam já na produção de um disco. “Minha gravadora, a Warner Music, não me dá mais dinheiro para quase nada. Para este meu último disco, ela meu deu 1 milhão de euros para gravar oito faixas. No total gravei 28, imagine o quanto gastei para ter o que eu queria. Hoje não deixam mais você trazer o melhor profissional de som para te ajudar, temos que fazer com os que já estão por lá. Também não consigo mais fazer shows em países como Portugal e Finlândia, onde tenho muitos fãs, porque a Warner não tem mais escritórios por lá. Está muito difícil ser músico, e olha que eu tenho um dos maiores escritórios do mundo.”

E é diante deste cenário que Laura valoriza cada fã que a acolhe. “Agradeço muitos aos meus fãs, e principalmente ao Brasil, que é um dos país que mais me convidam para divulgar meu trabalho." 

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