O ex-chefe da Polícia italiana e atual responsável pelo Departamento de Informações para a Segurança (DIS), Gianni De Gennaro, foi condenado em segunda instância a um ano e quatro meses de prisão, por incitação ao falso testemunho, no âmbito das investigações sobre a violência que eclodiu durante a Cúpula do G8 em Genova, em 2001.
De Gennaro, de 61 anos, foi considerado culpado por pressionar o então chefe da Polícia de Genova, Francesco Colucci, a prestar falso testemunho sobre a violenta repressão contra os manifestantes reunidos na Escola Diaz, pela qual foram condenados 15 agentes e três oficiais da polícia.
No processo em primeira instância, o então chefe da Polícia italiana e o então chefe da Unidade Especial da Polícia de Genova, Spartaco Mortola (atual vice-chefe da Polícia de Turim) foram absolvidos.
O advogado de De Gennaro, Carlo Biondi, disse que foi uma "sentença surpreendente" e anunciou que recorrerá junto ao Tribunal de Cassação (a máxima instância judicial do país).
O seu colega Pier Giovanni Iunca, que representava Mortola, disse estar "perplexo, porque a sentença em primeira instância estava muito bem motivada. Quero ver agora as motivações da sentença atual".
Em maio, o subsecretário italiano do Interior, Alfredo Mantovano, disse que os policiais condenados pela repressão das manifestações antiglobalização durante a cúpula do G8, permaneceriam em seus cargos. (ANSA)