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Gênova inaugura nova ponte sem familiares de vítimas

As principais autoridades políticas e institucionais da Itália participaram da inauguração da ponte em Gênova construída no lugar daquela que desabou há quase dois anos, deixando 43 pessoas mortas.

A investigação sobre a tragédia ainda está aberta, mas a suspeita é de que a construção tenha entrado em colapso devido a uma falha estrutural por falta de manutenção. A via estava sob concessão da Autostrade per l’Italia (Aspi), empresa controlada pela holding Atlantia, da família Benetton.

Recentemente, o governo da Itália anunciou que o Estado substituirá a Benetton no capital da Aspi, que, ao menos por enquanto, também terá a concessão da nova ponte.

Cerimônia

A inauguração da Ponte Genova San Giorgio contou com as presenças do primeiro-ministro Giuseppe Conte, do presidente da Câmara dos Deputados, Roberto Fico, do governador da Ligúria, Giovanni Toti, e do prefeito Marco Bucci.

“O primeiro pensamento vai para quem não está mais aqui, para suas famílias, que esperam justiça. Aquela ponte não devia ter caído, e alguém terá de pagar. É por isso que não teremos festa, mas resta a satisfação pelo objetivo alcançado”, disse Toti.

A cerimônia teve a leitura dos nomes das 43 vítimas e três minutos de silêncio em homenagem aos mortos. A nova ponte foi projetada pelo arquiteto e senador vitalício Renzo Piano e tem cerca de 1,1 quilômetro de extensão, dividido entre 19 tabuleiros situados a mais de 40 metros de altura e sustentados por 18 pilares.

A obra, executada pelo consórcio público-privado PerGenova ao custo de 200 milhões de euros, teve início em fevereiro de 2019, com a demolição da estrutura remanescente da Ponte Morandi. A abertura ao tráfego será no dia 5 de agosto.

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