
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, lamentou o duplo naufrágio na costa da ilha de Lampedusa, que deixou dezenas de migrantes mortos e desaparecidos, e criticou os “traficantes desumanos” de pessoas.
“Quando ocorre uma tragédia, com a morte de dezenas de pessoas nas águas do Mediterrâneo, um forte sentimento de consternação e compaixão surge em todos nós”, declarou ela.
Segundo a premiê italiana, com os naufrágios, todos acabam “confrontados com o cinismo desumano com que os traficantes de pessoas organizam essas viagens obscuras”.
Meloni expressou suas “mais profundas condolências às vítimas” e a compaixão do governo por “aqueles que perderam suas vidas” e renovou seu compromisso de combater esses “traficantes inescrupulosos”.
Para ela, a única maneira possível de fazer isso é “prevenindo partidas irregulares e controlando os fluxos migratórios”.
“O fato de a tragédia de hoje ter ocorrido apesar de uma resposta internacional pronta e operacional nos alerta que a necessária intervenção de resgate não é uma medida suficiente e, acima de tudo, não resolve as causas do dramático problema”, concluiu.
O vice-premiê e ministro de Infraestrutura, Matteo Salvini, também lamentou o caso, afirmando que as mortes em Lampedusa o entristece profundamente, e defendeu o combate aos traficantes de seres humanos, únicos culpados pelos óbitos.
“Além de nossa simpatia e orações, temos o dever de trabalhar para combater os traficantes de pessoas que são os verdadeiros e únicos responsáveis por mais uma tragédia”, declarou.
Hoje, o Mar Mediterrâneo Central, uma das rotas migratórias mais mortais do mundo, foi palco de mais uma tragédia com pessoas que tentavam chegar à Europa em busca de uma vida melhor e mais segura.
Um duplo naufrágio na costa da ilha italiana de Lampedusa deixou pelo menos 27 mortos, incluindo uma recém-nascida, três adolescentes, sendo dois do sexo masculino e um do feminino, e vários desaparecidos, voltando a jogar luz sobre uma crise humanitária que se arrasta há mais de uma década.