O Presidente da Itália, Giorgio Napolitano, aceitou candidatar-se a um segundo mandato, depois de uma quinta votação dos grandes eleitores do Parlamento italiano ter mais uma vez finalizado em fracasso.
"O que me move neste momento é o sentimento de não poder escapar das minhas responsabilidades para com a nação", declarou Napolitano, num comunicado emitido pelo Quirinale.
A situação de caos ficou complicada: com os 445 representantes do PD, em guerra aberta contra Bersani, que votaram em branco.
Stefano Rodotà, o nome apresentado pelo Movimento 5 Estrelas do humorista Beppe Grilo, reuniu 210 votos, menos três do que alcançara na última votação de sexta-feira, o que parece indicar que o Esquerda Ecologia e Liberdade, que integra a coligação de centro-esquerda que venceu as legislativas, mantém o seu apoio ao académico e ex-deputado do Partido Comunista.
O segundo nome mais votado na quinta votação, mas com apenas 20 votos, foi o do atual Presidente Giorgio Napolitano, que termina o mandato de sete anos no próximo dia 15 de Maio. Pier-Luigi Bersani, o líder demisionário do PD, e o ex primeiro-ministro Silvio Berlusconi, do Povo da Liberdade, reuniram com o Presidente para discutir o impasse no parlamento: a imprensa italiana especulava que teriam tentado convencer Napolitano a cumprir um segundo mandato, mas aos 87 anos de idade a hipótese não parece muito plausível.
Os dois primeiros nomes sujeitos a votação, Franco Marini, escolhido por Bersani como o acordo de Berlusconi, e Romano Prodi, indicado por Bersani sem o acordo de Berlusconi, ficaram longe dos votos necessários (dois terços dos 1007 votos até à quarta votação e depois disso uma maioria simples de 504 votos).
A rejeição de Marini e Prodi foi uma humilhante derrota política para Bersani, que imediatamente fez saber que se demitiria da presidência do PD depois da eleição do presidente.