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Governo alemão planeja financiar ONGs de migrantes na Itália

O governo da Alemanha deve financiar ONGs que trabalham para apoiar migrantes e refugiados que chegam à Itália por via marítima, informou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão à agência Ansa.

“O financiamento de centenas de milhares de euros para um projeto de assistência a migrantes em terra na Itália e outro para ONGs que operam resgates no mar é iminente”, declarou a fonte, sem especificar quais as organizações que receberiam a verba.

Segundo o relato, o governo alemão está implementando um “programa de apoio financeiro criado pelo Bundestag (Parlamento alemão) que visa apoiar tanto o resgate civil no mar quanto projetos em terra para pessoas resgatadas no oceano”.

Recebemos vários pedidos de financiamento. Em dois casos, a análise dos pedidos já foi concluída. O desembolso de fundos nestes dois casos é iminente”, acrescentou.

Trata-se de um projeto de assistência em terra na Itália a pessoas resgatadas no mar e outro para uma organização não governamental de salvamento marítimo. Cada iniciativa receberia entre 400 mil e 800 mil euros.

“Resgatar pessoas em perigo no mar é um dever legal, humanitário e moral. Tal como as guardas costeiras nacionais, em particular a Guarda Costeira italiana, os socorristas civis no Mediterrâneo central também utilizam os seus navios para salvar pessoas em perigo no mar”, concluiu o porta-voz.

Várias ONGs alemãs já realizam missões de resgate de migrantes no Mediterrâneo Central, juntamente com outras instituições da França e Itália. No entanto, o governo da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, restringiu as suas atividades ao proibir vários salvamentos marítimos e instruir os navios a desembarcarem migrantes e refugiados resgatados em portos distantes.

Atualmente, a Itália tenta gerir um aumento de 100% na quantidade de chegadas marítimas em 2023, cujo número chegou a 132.832, segundo dados do Ministério do Interior. Ao todo, 1.599 migrantes morreram ou desapareceram no Mediterrâneo Central no mesmo período.

A primeira-ministra Giorgia Meloni já havia ressaltado que as novas chegadas colocaram o país sob “pressão insustentável”.

Apesar o intenso fluxo de desembarques, a Cruz Vermelha da Itália (CRI) informou que a pressão no centro de acolhimento de migrantes na ilha de Lampedusa, no sul do país, chegou a diminuir após a transferência de 400 pessoas. “A situação neste momento é menos crítica e esperamos que continue assim nos próximo dias”, concluiu.

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