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Governo da Rússia protesta contra Itália por “campanha antirrussa”

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou o encarregado de negócios da Itália em Moscou, Giovanni Scopa, para protestar contra uma suposta “campanha antirrussa no espaço de informação italiano”.

Além disso, o governo de Vladimir Putin criticou uma “reação desproporcional” de Roma sobre uma lista com declarações definidas pelo Kremlin como “exemplos de discurso de ódio”, que incluía uma comparação do presidente da Itália, Sergio Mattarella, entre a invasão à Ucrânia e as guerras de conquista da Alemanha nazista.

Em comunicado, o ministério lamentou “as consistentes atividades antirrussas da grande imprensa italiana, com numerosas informações falsas, incluindo reportagens de correspondentes em Moscou” e os “ataques russofóbicos, totalmente apoiados pelos círculos do governo italiano, que permite declarações extremamente hostis contra a Rússia”.

Na nota, Moscou recordou ainda o recente cancelamento de um concerto do maestro russo e apoiador de Putin Valery Gergiev no sul da Itália.

“A linha contraproducente de criar uma imagem de inimigo da Rússia não beneficia de forma alguma os interesses fundamentais dos italianos e não reflete as antigas tradições de amizade e simpatia mútua entre os povos da Rússia e da Itália”, declarou a pasta.

Na semana passada, a Farnesina convocou o embaixador russo em Roma, Alexei Paramonov, para contestar a publicação feita no site do Ministério das Relações Exteriores de sua nação a respeito de uma lista com declarações de autoridades de 13 países da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), consideradas “exemplos de discurso de ódio” contra a Rússia.

Entre elas, havia uma de Mattarella.

No ano passado, a mesma pasta em Moscou publicou uma lista similar que incluía declarações do vice-premiê da Itália e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, e do ministro da Defesa, Guido Crosetto. 

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