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Governo do primeiro-ministro italiano Matteo Renzi recebe voto de confiança da Câmara dos Deputados

O governo do primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, recebeu o voto de confiança da Câmara. Ao todo, 378 deputados ficaram a favor e 220 se posicionaram contra. O resultado já era dado como certo, uma vez que a legenda do premier, o centro-esquerdista Partido Democrático (PD), possui ampla maioria na Casa. Ao contrário do Senado, onde Renzi teve que enfrentar uma votação muito mais apertada (169 e 139).

"Temos apenas essa chance. Sem nós não existe Europa, e neste semestre vamos iniciar as reformas", disse o novo primeiro-ministro em sua intervenção no Parlamento. Entre os que deram seu voto de confiança ao ex-prefeito de Florença está o ex-premier Enrico Letta, que após renunciar ao cargo reassumiu seu posto como deputado.

Bastante aplaudido pelos políticos de centro e centro-esquerda, o ex-chefe de governo italiano não dirigiu nem mesmo um olhar ao seu sucessor e não quis falar com os jornalistas. Letta foi obrigado a apresentar sua demissão após perder o apoio do seu próprio partido, o PD, em uma manobra coordenada por Renzi.

Com o voto de confiança das duas casas do Congresso, o primeiro-ministro concluiu todas as formalidades necessárias para iniciar sua administração, que promete uma série de ambiciosas reformas para, segundo suas próprias palavras, tirar a Itália do pântano. O ex-prefeito planeja realizar mudanças no sistema educacional do país, reduzir os impostos sobre o trabalho, alterar a legislação eleitoral e abolir o Senado.

"Para esse governo não existem álibis: se conseguirmos, teremos feito nosso dever, se não conseguirmos, a culpa será somente nossa. Isso não é um ato de coragem, mas de responsabilidade", afirmou o premier. Para alcançar todos os seus objetivos, Renzi terá que lidar com uma frágil coalizão que inclui partidos de esquerda, centro e direita. Esse foi um dos maiores problemas enfrentados por Letta durante seus pouco menos de 10 meses no poder, período em que teve que enfrentar diversas crises políticas.

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