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Governo italiano aprova decreto-lei para reforçar a segurança, após episódios de estupros

O governo italiano aprovou nesta sexta-feira por unanimidade o decreto-lei contendo medidas para reforçar a segurança, após o país ter registrado um grande número de estupros nos últimos meses.

 

Denominada pela imprensa italiana como "decreto antiestupros", a medida visa reforçar a segurança nas cidades e endurecer as penas para casos de violência sexual. O texto passa agora para discussão no Parlamento.

 

Entre as medidas, o decreto propõe a criação de "rondas cidadãs", constituídas por associações de cidadãos sob a coordenação do prefeito. Esses grupos poderão "vigiar o território para impedir crimes e combater a criminalidade com regras bem precisas", explicou o ministro do Interior, Roberto Maroni.

 

Em coletiva realizada após a reunião do Conselho de Ministros, Maroni observou o objetivo é passar "de rondas improvisadas a voluntários para a segurança".

 

O ministro da Defesa, Ignazio La Russa, por sua parte, ressaltou que ex-membros da polícia e das Forças Armadas terão um papel importante nestas "rondas cidadãs".

 

– Antecipamos no decreto-lei medidas que já eram previstas pelo projeto de lei sobre a segurança já aprovado pelo Senado, que agora está sendo discutido na Câmara – disse o ministro.

 

O projeto de lei prevê também um gasto de 100 milhões de euros com outras medidas, como a contratação outros 2.500 policiais.

 

O primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, defendeu a aprovação da norma e esclareceu que as medidas adotadas pelo governo têm surtido efeito e que, "comparado ao período 2006-2007, os casos de estupro diminuíram em 10%".

 

O texto aprovado pelo governo proíbe ainda que condenados por estupro cumpram a pena em liberdade e indica a prisão perpétua para casos específicos, como violência seguida de homicídio.

 

Em Roma, uma das cidades mais afetadas pelo aumento da violência, o anúncio foi celebrado.

 

– Estou muito satisfeito – disse o prefeito Gianni Alemanno, defendendo uma "revolução cultural" para acabar com o drama das mulheres vítimas da violência no país.

 

 

Em janeiro, o governo já havia anunciado a mobilização de 30 mil soldados para garantir a segurança na capital italiana.

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