Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia aprovaram o lançamento de uma missão militar para garantir a segurança da navegação mercantil no Mar Vermelho, palco de tensões devido a ataques do grupo iemenita houthi.
A operação foi batizada como “Áspide”, termo grego para “escudo”, e será comandada por Stefano Costantino, contra-almirante da Marinha da Itália, uma das principais defensoras da iniciativa no bloco.
“Acabamos de aprovar no Conselho de Relações Exteriores da UE o lançamento da operação militar naval Áspide”, disse no X (antigo Twitter) o ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, também -vice-premiê do país.
“A Itália está na linha de frente para proteger os interesses mercantis e a livre navegação no Mar Vermelho. É um importante passo rumo à defesa comum europeia”, acrescentou. Com base operacional em Larissa, na Grécia, a missão terá mandato inicial de um ano e está aberta à participação de países extracomunitários.
Segundo a UE, a Áspide não conduzirá ações em terra e agirá apenas “de modo defensivo”. “A Europa garantirá a liberdade de navegação no Mar Vermelho, trabalhando ao lado de nossos parceiros internacionais”, declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Os houthis vêm promovendo dezenas de ataques contra navios mercantis direcionados a Israel desde o fim do ano passado, como forma de apoio à causa palestina.
Em janeiro, Estados Unidos e Reino Unido bombardearam alvos do grupo no Iêmen, mas não foi suficiente para eliminar a capacidade militar dos rebeldes no Mar Vermelho.
O episódio mais recente ocorreu quando um navio mercantil de propriedade americana disse ter sido atingido por um míssil, segundo a empresa de segurança marítima Ambrey. A embarcação pediu assistência militar, mas a tripulação está “ilesa”.