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Governo italiano pede para ampliar déficit em 25 bilhões de euros

O governo da Itália aprovou um aumento de 25 bilhões de euros no déficit fiscal nas contas públicas em 2020, o que equivale a cerca de 1,5% do Produto Interno Bruto.

A medida foi formalizada durante uma reunião do Conselho dos Ministros, presidido pelo premiê Giuseppe Conte, e elevou a previsão de déficit neste ano de 10,4% para 11,9% do PIB. Segundo o governo, a ampliação do rombo orçamentário é necessária para combater os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus Sars Cov-2, que já infectou cerca de 245 mil pessoas e causou 35 mil mortes na Itália.

Além disso, a projeção para a dívida pública do país, que já é a segunda maior da zona do euro, atrás apenas da Grécia, subiu de 155,7% para 157,6% do PIB.

“Mesmo em um contexto de incerteza ligado à evolução da pandemia e à sucessiva fase de retomada econômica, o governo confirma o objetivo de reconduzir a relação dívida/PIB para a média da zona do euro na próxima década”, diz o documento que o governo enviará ao

Parlamento para pedir autorização para ampliar o déficit. A votação no poder Legislativo está prevista para 29 de julho. O estado das contas públicas italianas foi um dos argumentos usados pelos chamados Estados membros “frugais” – Áustria, Dinamarca, Finlândia, Países Baixos e Suécia – para tentar impedir a criação de um fundo de recuperação de 750 bilhões de euros na União Europeia.

O instrumento será financiado pela emissão de dívida pela UE, algo inédito na história do bloco, e desse total, 390 bilhões serão repassados sem necessidade de restituição. A Itália será a principal beneficiária do fundo, com 208,8 bilhões de euros, sendo 81,4 bilhões em subsídios e 127,4 bilhões em empréstimos.

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