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Mais de 8 mil refugiados do norte da África chegam à Itália

A Organização Internacional para Migrações, OIM, informou, que 830 africanos chegaram à ilha italiana Linosa vindos da Líbia. Há no entanto, mais de 8 mil refugiados dos conflitos na Líbia e em outros países do Magreb. Os migrantes são, em sua maioria, da Eritreia, da Etiópia, do Sudão e da Somália.

Eles são o primeiro grupo a ir da Líbia para a Itália, desde o início da crise, há mais de um mês. Segundo a OIM, 80 mulheres e 12 crianças estão entre os passageiros.

As embarcações foram interceptadas por guardas italianos e levados para Linosa, a 40 km da ilha Lampedusa, onde mais de 6 mil imigrantes tunisianos estão alocados em condições precárias.

A representante da OIM em Portugal, Marta Bronzin, falou à Radio ONU, de Lisboa, sobre o perfil do novo grupo de migrantes.

“Os líbios que vivem na Líbia e que querem fugir por causa da situação de violência e de guerra muito provavelmente vão fazê-lo através das fronteiras terrestres, em vez de entrar em um barco e enfrentar uma viagem deste tipo.

As pessoas que vêm de barco da Líbia estão numa situação desesperada e que vêm de outros países, portanto, estão em uma situação de vulnerabilidade extrema. Por isso, requerem outras medidas e outro acompanhamento quando chegarem à Itália, por exemplo”, explicou.

Desafios

Ainda de acordo com a OIM, as autoridades italianas evitaram levar os passageiros para Lampedusa devido ao superpovoamento, à falta de infraestrutura na ilha e ao clima de tensão com os habitantes locais, insatisfeitos com o aumento do número de imigrantes.

A chegada de africanos vindos da Líbia à região representa um novo desafio para o governo italiano, que ainda procura acomodações para milhares de imigrantes hospedados em Lampedusa, Puglia e Sicília. A Itália tem pedido cada vez mais assistência da União Europeia para lidar com a questão.

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